
Rio de Janeiro – O ministro da Justi�a e da Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, demonstrou ontem n�o ser contr�rio ao uso de atiradores de elite para abater criminosos portando fuzis em vias p�blicas, como deseja o governador fluminense, Wilson Witzel. Ontem, no Rio, logo ap�s dar palestra fechada na 12ª Laad Defence & Security – a mais importante feira de defesa e seguran�a p�blica da Am�rica Latina –, Moro n�o afirmou que � favor do uso desses atiradores (snipers), mas tamb�m n�o fez qualquer obje��o � medida.
A atua��o do crime organizado preocupa o ministro, que encara o problema com uma necessidade de a��es intersetoriais. “N�o h� nenhuma d�vida de que mil�cias e traficantes s�o integrantes de organiza��es criminosas. Para mim, Comando Vermelho, PCC e mil�cias s�o a mesma coisa. Muda um pouco o perfil do criminoso, mas constituem uma criminalidade grave e que tem de ser combatida”, afirma. De acordo com ele, h� bols�es de pobreza e comunidades em que isso se agrava devido � aus�ncia do Estado.
“Em locais como o Rio de Janeiro h� dificultadores, como o dom�nio territorial desses grupos. � um desafio grande que n�o come�ou de hoje. J� foram tentadas no passado algumas solu��es. Para mim, parece �bvio fazer uma concentra��o de pol�ticas de seguran�a, aliadas a pol�ticas urban�sticas e pol�ticas sociais”, disse. Moro destacou que a tecnologia � essencial para um setor t�o importante e com dificuldade de recursos, justamente por potencializar resultados e baratear custos.
Reforma
Sobre a nova Previd�ncia, o ministro disse que o tema � primordial. “� um momento de conversa e de exposi��o aos parlamentares tanto do pacote anticrime quanto da nova Previd�ncia. Se n�o equalizarmos as regras da Previd�ncia teremos um problema fiscal e v�o faltar recursos a v�rias �reas, como, por exemplo, � seguran�a p�blica, � educa��o e � sa�de”, disse.
Para ele, os dois projetos t�m urg�ncia de aprova��o. “O projeto anticrime � importante, pois altera quest�es pontuais da seguran�a e da Justi�a que precisam ser resolvidos. A resolu��o, por exemplo, por meio de lei, de (ser regra) a execu��o da pena em segunda inst�ncia. Com di�logo, tenho confian�a de que em mais ou menos tempo, com eventuais modifica��es e aprimoramentos o governo vai conseguir aprovar essas medidas”, disse.
O Minist�rio da Justi�a e Seguran�a � um dos apoiadores da feira e tem estande no evento, assim como a Pol�cia Federal, a For�a Nacional de Seguran�a P�blica e a Pol�cia Rodovi�ria Federal.
“H� muitas empresas trazendo op��es para a �rea de seguran�a e de tecnologia. Sempre que investimos em tecnologia conseguimos diminuir custos e facilitar o trabalho dos agentes da �rea de seguran�a. Isso � muito importante e por isso precisamos acompanhar de perto”, disse.
De acordo com Moro, algumas �reas chamam mais a aten��o do que outras. Uma das �reas que o ministro destacou necessitar de estar � frente na tecnologia empregada � a de seguran�a dos pres�dios. “T�m sido avaliadas melhorias tecnol�gicas como as de raios X, body scam (escaneamento corporal) e inibidores de sinais de celulares. Nas outras �reas buscamos tamb�m melhoria na comunica��o e solu��es de inform�tica”, citou.
Furto de pistola Enquanto o vice-presidente Hamilton Mour�o participava da abertura da LAAD Defence and Security para representantes de for�as de seguran�a do Brasil e de todo mundo, uma pistola que estava exposta no evento foi furtada. O armamento, uma Beretta 9 mil�metros, estava preso por um cabo de a�o para que as pessoas a manuseassem e experimentassem suas fun��es. De acordo com a fabricante, o equipamento n�o � funcional, pois disp�e apenas das pe�as necess�rias para ser exibido.
A seguran�a do evento � feita pelo Ex�rcito, que registrou o ocorrido, mas n�o informou se algum suspeito foi identificado at� o momento. O modelo levado � uma APX Comppact, que custa cerca de 400 euros. Algo em torno de R$ 1.500, sem a incid�ncia dos impostos devidos e taxas de importa��o que podem fazer com que o modelo chegue ultrapasse os R$ 4 mil.