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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro se desculpa por termo 'velha pol�tica'


postado em 05/04/2019 07:31

Um dia ap�s o embate entre deputados e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro abriu a agenda para receber l�deres e presidentes de sete partidos. � exce��o do DEM, no entanto, dirigentes das outras legendas sa�ram das reuni�es mostrando ceticismo em rela��o ao governo e disseram n�o pretender entrar na base de sustenta��o do Planalto no Congresso, ao menos por enquanto. O mais duro foi o ex-governador Geraldo Alckmin, que preside o PSDB e concorreu com Bolsonaro na elei��o do ano passado.

Nos encontros com PSDB, DEM, PSD, PP, PRB e MDB, Bolsonaro pediu ajuda para aprovar a reforma da Previd�ncia na C�mara, pediu desculpas por "caneladas" e exp�s a ideia de criar um "conselho pol�tico", com quem pretende se reunir a cada 15 dias para sentir a temperatura do Congresso. Disse que, quando era deputado, errou ao votar contra mudan�as na aposentadoria e admitiu que agora precisa conversar mais com os partidos para formar uma ampla alian�a. Na pr�tica, as rodadas de conversa marcam uma mudan�a na estrat�gia adotada pelo governo, uma vez que a prioridade de Bolsonaro eram as negocia��es com frentes tem�ticas, como as bancadas da seguran�a, ruralista e evang�lica.

Ap�s ser avisado de que o mal-estar com o Congresso havia piorado por causa de suas cr�ticas � "velha pol�tica", Bolsonaro prometeu deixar a express�o de lado. At� agora, por�m, ele sempre vinculara negocia��es com partidos a irregularidades e corrup��o. Em "live" nesta quinta-feira, 4, no Facebook, disse n�o ter conversado sobre espa�o no governo com os partidos. As siglas que estiveram no Planalto representam 196 deputados.

"Nada foi tratado sobre cargos, nem da parte deles, nem da nossa parte", afirmou. "O Parlamento vai fazer sua parte n�o s� na reforma da Previd�ncia como em todas as nossas reformas." O vice-presidente Hamilton Mour�o disse na quarta-feira que, se o convite do Planalto para que as legendas integrem a base aliada for aceito, � "�bvio" que os partidos ter�o algum tipo de "participa��o".

Apesar de afirmar que a reuni�o foi agrad�vel, Alckmin assegurou que o PSDB n�o integrar� a coaliz�o governista. "N�o h� nenhum tipo de troca. N�o participaremos do governo, n�o aceitamos cargo", disse o ex-governador de S�o Paulo ao deixar o encontro com Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "N�o existe nova e velha, existe boa e m� pol�tica. A boa pol�tica n�o envelhece."

Base

Bolsonaro pretende erguer uma base no Congresso que pode chegar a 313 deputados e 57 senadores. Hoje, ele s� tem o apoio de seu partido, o PSL. Para aprova��o de uma proposta de emenda � Constitui��o (PEC), como a da reforma da Previd�ncia, o governo precisa do aval de 308 deputados e 49 senadores, em duas vota��es.

Na tentativa de agradar a Alckmin, o presidente contou ter votado nele em outras campanhas. Nem assim convenceu o tucano a aderir � base. O ex-governador destacou, no entanto, que defende a reforma da Previd�ncia, embora tenha "sen�es" � proposta. "Somos contra o Benef�cio de Presta��o Continuada e achamos que, se h� diferen�a na �rea urbana, por que n�o na rural?"

Com tr�s minist�rios no governo (Casa Civil, Sa�de e Agricultura), o DEM adotou um discurso de pacifica��o ao sair do almo�o com Bolsonaro e Onyx. O partido, por�m, ainda est� dividido em rela��o a um apoio formal ao governo, principalmente ap�s o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonizar um embate p�blico com Bolsonaro. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que, se a Executiva Nacional do DEM fosse consultada hoje, a maioria votaria contra a ades�o ao governo.

"Ser base, formalmente ou n�o, � algo que pode ocorrer com absoluta naturalidade e que vai acontecer no momento em que houver uma delibera��o da Executiva", afirmou o presidente do DEM, ACM Neto, que � prefeito de Salvador. O governador de Goi�s, Ronaldo Caiado - que participou da reuni�o desta quinta, no Planalto - � um dos maiores defensores da entrada do DEM na base aliada. "N�o h� nenhum obst�culo", insistiu ele.

O presidente do MDB, Romero Juc�, disse que o partido n�o far� parte da base aliada. "N�s queremos ter uma agenda com temas caros � sociedade, como as reformas tribut�ria e da Previd�ncia e o equil�brio fiscal. N�o estamos atr�s de cargos", afirmou o ex-senador. "Ainda � cedo para falar que tudo mudou. Acho que agora a gente come�a uma nova etapa no relacionamento", concordou o presidente do PRB, Marcos Pereira, que � primeiro-vice-presidente da C�mara. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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