O presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu, na manh� desta sexta-feira, em entrevista a jornalistas no Pal�cio do Planalto, que n�o est� satisfeito com a gest�o do ministro da Educa��o, Ricardo V�lez Rodr�guez. "N�o est� dando certo", afirmou o presidente.
Bolsonaro tamb�m disse aos jornalistas que teve uma longa conversa com o ministro, na tarde dessa quinta-feira (4), quando detalhou os problemas que enxerga no minist�rio. Ele n�o revelou os erros apontados ao ministro.
Sobre a perman�ncia de V�lez no cargo, o presidente foi taxativo: "Esperem segunda-feira (8). De algum jeito ser� decidido".
Perguntado sobre o desempenho do ministro, o presidente se calou. Preferiu destacar as qualidades pessoais de V�lez. Para Bolsonaro, o ministro "� uma boa pessoa, de cora��o grande, bom para conversar."
Gest�o
O ministro Ricardo V�lez Rodrigues est� na corda bamba desde que entrou em rota de colis�o com Olavo de Carvalho, reconhecido 'guru' do presidente, e militares que ocupam postos chaves no governo federal.
O descr�dito de V�lez est� relacionado a declara��es pol�micas, entre elas a obrigatoriedade da execu��o do hino nacional nas escolas de ensino fundamental e m�dio, ideia da qual ele acabou voltando atr�s; a frase de que as universidades p�blicas "n�o s�o para todos"; a de que brasileiros 'viajando s�o canibais"; a de querer colocar em livros did�ticos patrocinados pelo MEC slogan de campanha de Bolsonaro, o que � vetado em lei; e a proposta de revisar livros did�ticos que abordam o golpe de 64.
O caso mais ruidoso, no entanto, aconteceu durante sabatina na C�mara dos Deputados, na quinta-feira passada (27), quando a deputada Tabata Amaral (PDT/SP) perguntou ao ministro, depois de uma cr�tica enf�tica � gest�o dele: "Cad� os projetos, ministro?".
Em apenas tr�s meses de gest�o, 14 pessoas do primeiro escal�o foram demitidos do MEC. Um dos exonerados, o dirigente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais An�sio Teixeira (Inep), Marcus Vinicius Rodrigues, deixou o cargo ''atirando" contra o ministro, acusado de ser "gerencialmente incompetente" e "n�o ter controle emocional".