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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro teve dados acessados na elei��o


postado em 07/04/2019 08:05

A Receita Federal identificou que os dois servidores que acessaram dados do presidente Jair Bolsonaro e de seus familiares fizeram v�rias consultas ao longo de 2018 e em per�odos que coincidem com datas importantes do calend�rio eleitoral, disse ontem ao Estad�o/Broadcast o secret�rio da Receita Federal, Marcos Cintra. "Est� comprovado e est� nas m�os da pol�cia. Nem o secret�rio da Receita pode entrar e fu�ar o que quiser."

De acordo com o secret�rio, dois acessos feitos no final de outubro n�o foram justificados e est�o sob investiga��o.

Foram levantados dados de irm�os e tios do presidente, al�m do pr�prio Bolsonaro. Em depoimento � Pol�cia Federal, um dos servidores investigados, Odilon Alves Filho, disse que fez apenas um acesso e consultou s� dados cadastrais, por curiosidade. Ele � irm�o da deputada Norma Ayub (DEM-SP).

A Receita abriu sindic�ncia depois de a corregedoria ter sido informada que dados confidenciais do presidente e de v�rios CPFs relacionados � fam�lia dele estavam sendo acessados - os sistemas do �rg�o s�o monitorados e cada consulta � registrada. "Pedimos � PF que investigue se h� liga��es externas, se isso faz parte de um plano maior, se tem gente por tr�s", afirmou o secret�rio.

Cintra avisou Bolsonaro da sindic�ncia no fim de janeiro e disse que o presidente pediu para dar andamento � investiga��o "como qualquer outro caso". O secret�rio teve v�rios encontros com Bolsonaro nos �ltimos meses. Na sexta-feira (5), o presidente escreveu no Twitter que os servidores procuravam "algo para vazar" e incrimin�-lo antes das elei��es.

Os acessos aos dados foram feitos em datas pr�ximas a conven��es de partidos, no in�cio do segundo turno e logo depois do resultado das elei��es, entre outros per�odos. A PF foi acionada no fim de janeiro e, segundo apurou o Estado, est� agora investigando a dimens�o dos acessos e que dados os servidores, ambos administrativos, conseguiram levantar. Na quinta-feira (4), os policiais apreenderam computadores e ouviram os servidores. A opera��o est� em andamento e o sigilo foi redobrado.

Sindic�ncia

Foi aberto um processo disciplinar dentro do Fisco, que pode levar � suspens�o ou exonera��o dos investigados. Al�m de Alves, que trabalha em uma delegacia da Receita em Cachoeiro do Itapemirim, no Esp�rito Santo, � investigado tamb�m um segundo servidor vinculado � delegacia da Receita Federal de Campinas, que acessou dados em Sumar�, ambas cidades do interior de S�o Paulo. Os dois funcion�rios teriam agido de forma separada.

Apesar de n�o ser presidente na �poca, a consulta a dados de Bolsonaro j� n�o poderia ser feita por servidores sem justificativa, j� que, como deputado federal, ele era uma "pessoa politicamente exposta". Pol�ticos e familiares fazem parte dessa lista em que h� um controle ainda maior no sistema da Receita e, quando os dados s�o consultados, � gerado um alerta para o superior imediato do servidor.

De acordo com o advogado Yamato Ayub Alves, irm�o de Odilon, ele admitiu ter feito um acesso a dados cadastrais do presidente, no dia 30 de outubro - dois dias depois do segundo turno das elei��es presidenciais e quando j� se sabia que Bolsonaro havia sido eleito presidente.

Ayub disse que o irm�o acessou apenas dados do chamado sistema via, que permite consulta a nome, CPF e endere�o, e n�o entrou em um segundo sistema da Receita que tem dados fiscais, como a declara��o de Imposto de Renda do contribuinte. "Ele fez isso de forma ing�nua, sem maldade. N�o houve vazamento nem quebra de sigilo."

Segundo a deputada Norma Ayub, "Odilon � Bolsonaro doente". Ela afirmou que tamb�m fez campanha para ele ano passado. O servidor � agente administrativo da Receita na ag�ncia de Cachoeiro do Itapemirim. Ele ingressou no �rg�o em 1981 e recebe cerca de R$ 5 mil por m�s. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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