A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, pediu o arquivamento de uma investiga��o sobre supostas propinas em um contrato de aliena��o da companhia el�trica argentina Transener, em 2006, que tem como alvo os senadores Renan Calheiros (MDB) e Jader Barbalho (MDB), o ex-senador Silas Rondeau (MDB) e o ex-deputado An�bal Gomes (MDB).
Em 2006, a Petrobras havia fechado um acordo para vender sua participa��o de 50% na Citelec, sociedade que controla 52,65% da Transener, ao fundo de investimento americano Eton Park.
O governo argentino, no entanto, n�o aprovou a opera��o, e a Petrobras acabou vendendo sua participa��o � estatal Enarsa e � Electroingenier�a por cerca de US$ 54 milh�es.
O inqu�rito foi instaurado com base no depoimento do delator Fernando Antonio Falc�o Soares, o "Fernando Baiano", e chegou a ser abastecido com os acordos dos operadores Jorge e Bruno Luz, apontados como "operadores" do MDB.
Segundo os delatores, a venda estava acertada com o fundo americano Eton Park, mas a negocia��o foi desfeita para ser negociada � Electroingenier�a mediante propinas.
O ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver�, um dos delatores da Opera��o Lava Jato afirmou que recebeu, ao lado de "Fernando Baiano", US$ 300 mil em propina.
Parte dos valores, segundo os colaboradores, foi destinada a Jorge Luz, que estaria operando propinas em nome dos emedebistas.
Em depoimento, Jorge e Bruno Luz disseram ter feito os pagamentos a uma offshore supostamente em benef�cio de um assessor de An�bal Gomes e a Silas Rondeau.
Segundo a procuradora-geral, o pr�prio depoimento de Jorge e Bruno Luz, n�o cita pagamentos a Renan e Jader Barbalho. Somente a Gomes e Rondeau.
"Da mesma forma, diversamente do que as declara��es de Bruno Luz e de Jorge Luz poderiam sugerir, em um primeiro momento, resulta invi�vel, igualmente, a comprova��o dos pagamentos em favor de An�bal Gomes, auxiliado por Lu�s Batista S� e Silas Rondeau."
"Acrescente-se que sem a identifica��o do operador financeiro ou da conta vinculada, a apura��o resta praticamente inviabilizada", assinala a chefe do Minist�rio P�blico Federal.
"Esta circunst�ncia, associada ao elevado lapso temporal dos fatos aventados como criminosos, minimiza a chance de �xito da apura��o, que, em rigor, esgotou a linha investigativa ent�o existente, sem perspectiva concreta de novas dilig�ncias", conclui.
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