O presidente Jair Bolsonaro n�o vai comentar a demiss�o do presidente da Ag�ncia Brasileira de Promo��o de Exporta��es e Investimentos (Apex-Brasil), M�rio Vilalva. Segundo o porta-voz da Presid�ncia, Ot�vio do R�go Barros, a exonera��o � responsabilidade do chanceler Ernesto Ara�jo e quest�es sobre o assunto devem ser dirigidas a ele. "O presidente n�o faz coment�rios sobre as a��es de inst�ncias que est�o subordinadas aos seus ministros", respondeu ao ser questionado se Bolsonaro fez algum tipo de orienta��o sobre a escolha do sucessor de Vilalva.
O Itamaraty informou nesta ter�a-feira, 9, por meio de nota, que o presidente da Apex-Brasil, M�rio Vilalva, foi exonerado do cargo. Na nota, Ernesto Ara�jo, anuncia a exonera��o que diz fazer parte "do processo de dinamiza��o e moderniza��o do sistema de promo��o comercial brasileiro". A nota n�o informa quem ser� o novo presidente da Apex.
A sa�da de Vilalva � uma vit�ria de Ernesto Ara�jo em uma disputa travada com militares por poder na Apex-Brasil. Com a exonera��o, Vilalva � o segundo presidente da Apex demitido pelo governo Bolsonaro. O primeiro foi Alexandre Carreiro, demitido ainda em janeiro, depois de entrar em conflito com diretores indicados por Ara�jo.
Em entrevista ontem ao Broadcast, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado, Vilalva classificou como "golpe" a mudan�a no estatuto do �rg�o feita pelo ministro Ernesto Ara�jo, que retirou poderes do presidente da ag�ncia e ampliou for�a de diretores. "Realmente n�o compreendo, esse tipo de postura por parte do ministro (Ernesto Ara�jo), esse tipo de atitude que eu considero mais um golpe, de fazer na calada da noite uma modifica��o profunda no estatuto para me tirar poderes e dar esse poder para pessoas que n�o est�o preparadas", disse. Segundo ele, Ara�jo chegou a oferecer-lhe "postos maravilhosos no exterior" para que deixasse o cargo. "Eu n�o estou � venda, n�o estou aqui para amanh� ser comprado", disse.
A crise come�ou ap�s Vilalva baixar uma portaria em que retirou dos diretores de Neg�cios, Let�cia Catelani, e de Gest�o, M�rcio Coimbra, ambos indicados por Ara�jo, o poder de nomear e demitir funcion�rios. A portaria seria uma retalia��o ao fato de Catelani e Coimbra terem se negado a assinar um contrato da ag�ncia com uma empresa citada na Lava Jato. Vilalva nega essa vers�o. Segundo ele, a portaria foi feita ap�s ele "perceber que havia um certo relaxamento em rela��o a contrata��o de pessoas".
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