
A procuradora-geral detalha que "entre 2010 e 2014, uma organiza��o criminosa instalou-se nas Diretorias da Petrobras Distribuidora S/A - BR Distribuidora - capitaneada pelo Partido Trabalhista Brasileiro, em particular na figura do Senador Fernando Collor, e tamb�m pelo Partido dos Trabalhadores, com destaque para o Deputado Federal Vander Loubet".
Segundo Raquel, Collor participou de supostas propinas de "pelo menos R$ 9.950.000,00 em raz�o de contrato de troca de bandeiras em postos de combust�veis". Ele tamb�m teria recebido vantagens de "pelo menos R$ 20.000.000,00 em raz�o de contratos para a constru��o de bases de distribui��o de combust�veis celebrados entre a BR Distribuidora".
Raquel diz que Collor tamb�m integrou suposto esquema envolvendo "pelo menos R$ 1.000.000,00 em propinas em raz�o de contrato de gest�o de pagamentos e programa de milhagens". E ainda propinas de "R$ 20.000.000,00 para viabilizar hipot�tico e futuro contrato de constru��o e leasing de um armaz�m de produtos qu�micos em Maca�/RJ".
Porsche, Ferrari, Land Rover...
A procuradora-geral ainda exp�s a compra de carros de luxo, apartamentos e obras de arte como parte da lavagem de dinheiro imputada a Collor, com o uso das supostas propinas. Segundo ela, contas banc�rias pessoais de Collor giraram R$ 2,6 milh�es entre janeiro de 2011 e abril de 2014 na forma de dep�sitos em dinheiro.
Entre os ve�culos atribu�dos a Collor, a procuradora-geral cita um Flying Spur, marca Bentley, por R$ 975 mil, uma Range Rover de R$ 570 mil, uma Ferrari de R$ 1,4 milh�o, uma Lamborghini de R$ 3,2 milh�es e um Porsche de R$ 395 mil.
A chefe do Minist�rio P�blico Federal ainda cita a compra, em 2010, de uma casa de R$ 4 milh�es na Pedra do Ba�, pr�xima de Campos do Jord�o, um im�vel em Barra de S�o Miguel, em Alagoas, por R$ 450 mil, e quatro salas comerciais por R$ 950 mil, em Macei� (AL).
Tamb�m mencionou salas comerciais, um quadro de Di Calvalcanti apreendido em sua resid�ncia em Bras�lia, no valor de R$ 4,6 milh�es, e uma lancha batizada com o nome "Balada II", e, depois, nomeada como "Mama Mia II", adquirida por R$ 900 mil.
Parte dos itens estava em nome de empresas ligadas ao senador, segundo Raquel.
Conduta
A procuradora-geral afirma ainda que refor�a a culpabilidade o fato de que Collor "foi Deputado Federal, Governador de Estado e mesmo Presidente da Rep�blica, afastado do cargo precisamente por suspeitas de corrup��o". "Agora, anos depois, enquanto Senador da Rep�blica, h� n�o apenas suspeitas, mas prova para al�m de d�vida razo�vel de que cometeu crimes".
Defesa
O senador Fernando Collor afirmou que "mais uma vez ser� demonstrada a fragilidade da den�ncia".