O delegado de Pol�cia Federal Marinho Rezende, respons�vel pelas investiga��es sobre o suposto esquema de 'candidaturas laranja' do PSL, afirmou haver "ind�cios concretos" de que candidatas do partido "faltaram com a verdade" nas presta��es de contas que enviaram � Justi�a Eleitoral.
O esquema funcionaria com o repasse de recursos do fundo eleitoral exclusivo para mulheres para outras disputas, inclusive de concorrentes homens. Nesta segunda-feira, 29, a PF fez buscas na sede do PSL em Minas.
"Esse � o ind�cio concreto que a gente acha que est� amplamente comprovado. Que aquelas presta��es de contas n�o refletem a verdade que efetivamente ocorreu em termos de gastos de recursos", disse o delegado.
"Essas candidatas, que a gente inicialmente relatou, essas quatro, a gente viu que os recursos s�o, como eu disse, desproporcionais ao potencial eleitoral das mesmas. Ent�o, os ind�cios s�o bem fortes de que elas faltaram com a verdade na presta��o de contas junto � Justi�a Eleitoral".
Entre as quatro candidatas (duas a deputada estadual e duas a federal), a primeira a fazer den�ncia sobre o esquema foi Cleuzenir Barbosa.
Defesas
O Minist�rio do Turismo informou, em nota. "O ministro Marcelo �lvaro Ant�nio reitera que o partido seguiu rigorosamente o que determina a legisla��o eleitoral."
Ele afirma que segue � disposi��o da Pol�cia Federal para prestar todas as informa��es necess�rias, "pois h� mais de um m�s se ofereceu espontaneamente para prestar depoimento �s autoridades do caso".
"O ministro refor�a sua confian�a no trabalho isento, s�rio e justo das autoridades. O que vem me atingindo h� cerca de 3 meses � resultado de uma disputa pol�tica local, cujos interesses s�o prejudicados com minha presen�a no Minist�rio do Turismo", afirma o ministro.
Marcelo �lvaro Ant�nio esclareceu, ainda, que j� entregou ao Minist�rio P�blico de Minas "as provas das verdadeiras motiva��es das supostas den�ncias".
"Sigo confiante de que a verdade prevalecer�", finaliza.
Cleuzenir Barbosa afirmou: "Minhas contas est�o 100 por cento corretas."
O PSL de Minas, em nota, disse tratar "com naturalidade as buscas e apreens�es realizadas pela opera��o da Pol�cia Federal e que entende a a��o como uma etapa normal das investiga��es em andamento, com a qual vem espontaneamente colaborando".
O texto diz ainda que "o partido permanece na confian�a do trabalho t�cnico e isento da PF, acreditando que n�o h� participa��o de dirigentes do partido em qualquer esquema envolvendo candidatas-laranja em Minas Gerais".
O partido afirma que "em rela��o �s perguntas espec�ficas recebidas por e-mail deste jornal, o partido informa que todas as gr�ficas contratadas para produ��o de material de campanha (doa��o estimada) nas elei��es do ano passado emitiram a correspondente nota fiscal, e todas constam da presta��o de contas do partido ao TRE, cujo acesso � p�blico", e que "o PSL de Minas n�o tem conhecimento de qualquer gr�fica de propriedade do irm�o da pessoa de Roberto Soares".
POL�TICA