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Estado de Minas POL�TICA

Justi�a deve priorizar a��es contra quem amea�a imprensa, diz Raquel Dodge

Para a procuradora-geral da Rep�blica, a censura aos meios de comunica��o � um passo anterior a calar qualquer cidad�o


postado em 30/04/2019 16:26 / atualizado em 30/04/2019 17:28

(foto: / AFP / EVARISTO SA )
(foto: / AFP / EVARISTO SA )

A procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, prop�s nesta ter�a-feira, 30, que a Justi�a brasileira e o Minist�rio P�blico priorizem o julgamento de processos que t�m jornalistas e comunicadores como v�timas de crime. Raquel Dodge disse que considera os atentados contra a vida de profissionais de imprensa uma forma de censura.

"� preciso priorizar dentro do Minist�rio P�blico e do poder Judici�rio o processamento das a��es penais dos que afrontaram os comunicadores, dos que lhes tiraram a vida, dos que os amea�aram. � preciso superar essa triste marca de impunidade que o Brasil carrega em rea��o �queles que cometeram crimes contra jornalistas", afirmou a PGR, durante lan�amento de documento sobre o tema no Conselho Nacional do Minist�rio P�blico (CNMP).

"Matar ou agredir quem tem compromisso com informa��o e com opini�o p�blica, � preciso dizer isso, � uma forma de censurar."

A procuradora-geral afirmou que dar prioridade ao julgamento das a��es judiciais contra comunicadores � uma forma de superar as mortes e amea�as motivadas pelo exerc�cio da profiss�o no Pa�s. Ela classificou a situa��o como "grave" e relatou que os jornalistas, sobretudo os que denunciam corrup��o, trabalham desprotegidos e expostos a risco. Dodge defendeu que o Estado deve enfrentar quem afronta os comunicadores e pediu uma rea��o do sistema de Justi�a.

A chefe do Minist�rio P�blico afirmou que os crimes contra a imprensa afetam a democracia brasileira e as liberdades individuais. "N�o existem liberdades onde n�o houver imprensa livre", disse Dodge.

S� a metade dos assassinatos de comunicadores � considerada solucionada pelo CNMP, conforme relat�rio divulgado hoje pelo �rg�o. Nos �ltimos 20 anos, 32 dos 64 homic�dios foram elucidados pela pol�cia e resultaram em den�ncia formal perante a Justi�a.

Raquel Dodge afirmou que considera "sintomas" da opress�o na sociedade a tentativa de calar a imprensa por meio da morte, de viola��es � integridade f�sica e psicol�gica dos profissionais.

Segundo Raquel Dodge, calar a imprensa � um passo anterior a calar qualquer cidad�o: "Calar a imprensa � flertar com o autoritarismo, com o desrespeito, com a amea�a � liberdade de express�o. A democracia est� em risco ou em situa��o de vulnerabilidade quando querem calar os jornalistas investigativos e a imprensa de um modo geral. Se conseguirem calar a imprensa ser� muito mais f�cil calar qualquer dos cidad�os".


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