A deputada Caroline de Toni (PSL-SC) apresentou � Camara dos Deputados na segunda-feira, dia 29, uma proposi��o para revoga��o da Lei n� 12612, que declarou em 2012, o educador Paulo Freire Patrono da Educa��o Brasileira. No in�cio do m�s, o deputado Heitor Freire (PSL-CE) apresentou � Casa Legislativa a mesma proposi��o.
Educador e fil�sofo, Freire (1921-1997) � considerado um dos principais pensadores da hist�ria da pedagogia mundial, tendo influenciado a pedagogia cr�tica.
Sua pr�tica tinha como fundamento a cren�a de que o estudante assimilaria o objeto fazendo seu pr�prio caminho, e n�o seguindo um j� constru�do. Paulo Freire ganhou 41 t�tulos de doutor honoris causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford.
O educador foi preso em 1964, viveu no Chile durante ex�lio e percorreu diversos pa�ses, levando seu modelo de alfabetiza��o. Em 1979, com a publica��o da Lei da Anistia, o fil�sofo retornou ao Brasil.
Em v�deo publicado no Twitter, a deputada fala que o objetivo do projeto � revogar a lei, j� que a Constitui��o prev� o pluralismo de ideias. "Paulo Freire n�o nos representa", diz a parlamentar.
Caroline tamb�m destaca que � o anivers�rio de Olavo de Carvalho, e que o projeto foi protocolado "tamb�m em homenagem ao professor" - guru dos bolsonaristas.
A deputada afirma, na justificativa do projeto, que Paulo Freire "discutiu forma��o pol�tica e relegou a segundo plano os verdadeiros desafios da educa��o". Ela diz que o educador "pouco se dedicou a analisar e oferecer caminhos aos docentes sobre recursos da ci�ncia pedag�gica".
Carline menciona o inciso III do artigo 206 da Constitui��o, que prev� o pluralismo de ideias, para argumentar que "n�o � adequado" ter um patrono para a educa��o brasileira estabelecido por lei federal.
Na justificativa de seu projeto, o deputado Heitor Freire indica que Paulo Freire instituiu um "m�todo marxista cr�tico" quando introduziu um modelo em que o aluno "quebra a posi��o superior do mestre, insurgindo-se contra aquele que det�m o conhecimento".
Heitor Freire critica a "imposi��o" de Paulo Freire como patrono e diz ainda que deve-se evitar "a celebra��o daqueles que incentivam � balb�rdia e a insubordina��o".
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