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Estado de Minas POL�TICA

CNBB fala em abrir um 'canal de di�logo' com Bolsonaro

Al�m da tradi��o de marcar uma audi�ncia da c�pula com o papa Francisco, a presid�ncia rec�m-eleita da CNBB pretende se reunir com o presidente Jair Bolsonaro


postado em 08/05/2019 09:07 / atualizado em 08/05/2019 09:46

Na segunda-feira (6), o arcebispo de Belo Horizonte, d. Walmor Oliveira de Azevedo, baiano da cidade de Cocos, foi eleito o novo presidente da CNBB(foto: Arquidiocese de Belo Horizonte/Divulgação )
Na segunda-feira (6), o arcebispo de Belo Horizonte, d. Walmor Oliveira de Azevedo, baiano da cidade de Cocos, foi eleito o novo presidente da CNBB (foto: Arquidiocese de Belo Horizonte/Divulga��o )

A julgar pelo perfil dos bispos eleitos durante a 57ª Assembleia-Geral da Confer�ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunida em Aparecida (SP) at� sexta-feira, 10, a Igreja manter� sua atua��o, sem "rupturas", reafirmando posicionamentos j� conhecidos.

Al�m da tradi��o de marcar uma audi�ncia da c�pula com o papa Francisco, a presid�ncia rec�m-eleita da CNBB pretende se reunir com o presidente Jair Bolsonaro. O objetivo do encontro � abrir um "canal de di�logo" com o governo e discutir temas voltados � Igreja.

Segundo bispos ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, eventuais diferen�as ideol�gicas existentes na Igreja s�o pouco percept�veis e insuficientes para dividir os integrantes do episcopado entre "conservadores e progressistas". Os bispos disseram ainda evitar essa "classifica��o", sob o argumento de todos concordam em quest�es de moral e doutrina.

Na segunda-feira, dia 6, o arcebispo de Belo Horizonte, d. Walmor Oliveira de Azevedo, baiano da cidade de Cocos, foi eleito o novo presidente da CNBB para os pr�ximos quatro anos. Dois vice-presidentes - d. Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), e d. M�rio Antonio Silva, bispo de Roraima -, tamb�m foram escolhidos na assembleia-geral.

Doutor em teologia dogm�tica, d. Walmor foi transferido para Belo Horizonte em 2004. Considerado homem de di�logo, sempre trabalhou em uni�o com seus bispos auxiliares.

Arcebispo em�rito de Aparecida, d. Raymundo Damasceno Assis afirmou que, independentemente da troca da c�pula da confer�ncia, a Igreja "n�o vai mudar", mantendo o olhar dirigido aos "pobres, negros, ind�genas, quilombolas, sem-teto e aos desprotegidos". Segundo ele, a Igreja vai intervir se alguma dessas popula��es "sofrer amea�as ou correr riscos com novas pol�ticas de governo".

D. Raymundo, que foi duas vezes presidente da CNBB, citou o documento Diretrizes Gerais da A��o Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023, aprovado na segunda-feira pelo episcopado. Com base nessas diretrizes, disse d. Raymundo, a Igreja vai atuar, "buscando contato com autoridades e reafirmando posi��es, como sempre tem feito". "Isso n�o depende da opini�o de um ou de outro membro da diretoria da CNBB", declarou.

O arcebispo de Salvador, d. Murilo Krieger, foi na mesma linha. "A publica��o de uma nota n�o depende da assinatura de todos os membros da diretoria." D. Murilo defendeu a independ�ncia da Igreja. "Igreja � igreja, governo � governo."

Defensor da causa ind�gena e de quest�es ligadas � terra, d. Erwin Krautler, bispo do Xingu, afirmou que ficou satisfeito com os nomes escolhidos na assembleia em Aparecida. Disse que n�o haver� ruptura de compromissos e que os "ideais" da Igreja est�o mantidos.

S�nodo


Arcebispo em�rito de S�o Paulo, d. Cl�udio Hummes, relator-geral do S�nodo da Amaz�nia, foi questionado sobre a preocupa��o do Planalto com o que considera "agenda de esquerda" por parte da Igreja. Segundo ele, ap�s conversas com generais, o caso est� superado.

Como mostrou o Estado em fevereiro, informes da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e dos comandos militares relataram encontros de cardeais brasileiros com o papa Francisco, no Vaticano, para discutir a realiza��o do s�nodo.


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