O vice-presidente Hamilton Mour�o afirmou nesta quinta-feira (9), em Belo Horizonte, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem quest�es “mais importantes” a discutir do que os ataques do guru Olavo de Carvalho feitos aos militares. Em visita a empres�rios mineiros, ele adotou nova postura e fez apenas um breve pronunciamento, no qual se concentrou em defender a reforma da Previd�ncia. A mudan�a atende ao que Bolsonaro pediu publicamente: que os integrantes do governo n�o alimentassem o bate-boca com os olavistas, entre os quais est�o inclu�dos os seus tr�s filhos.
Questionado sobre Olavo de Carvalho, o vice-presidente disse que Bolsonaro j� deixou claro que essa quest�o � uma p�gina virada. “Vamos tocar. Todas as quest�es que falei aqui para voc�s s�o muito mais importantes do que essa discuss�o paroquial”, disse. Mour�o saiu rapidamente para evitar outras perguntas da imprensa, que foi posicionada no subsolo do Teatro Sesiminas e n�o pode assistir � palestra que ele fez para industriais.
O vice-presidente estaria orientado a n�o dar entrevistas, segundo informa��o da colunista M�nica Bergamo do jornal Folha de S�o Paulo. A nova blindagem do vice ocorre por causa da guerra p�blica entre a ala do governo alinhada com o guru dos Bolsonaro, Olavo de Carvalho, e os militares.
Nesta semana, ap�s duras cr�ticas de Olavo a militares, partindo para ataques pessoais e usando at� palavras de baixo cal�o, Bolsonaro usou as redes sociais para exaltar o escritor respons�vel por ideologias do governo. Depois disso, em entrevista nessa quarta-feira (8), indicou que os atacados deveriam engolir o sapo ao dizer que ele pr�prio engole as criticas que recebe pela "fosseta" lacrimal e fica quieto.
N�o � a primeira vez que Mour�o atende a um pedido de Bolsonaro para ficar calado. Em dezembro, na �ltima visita que fez a Belo Horizonte, ele admitiu que evitaria falar a pedido do presidente porque �s vezes falava demais.
Palestra
Ap�s fazer palestra para os industriais mineiros a convite da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais e do governador Romeu Zema (Novo), Mour�o disse que, sem a reforma da Previd�ncia, os jovens ter�o de trabalhar at� o �ltimo dia da vida.
“A quest�o da nova Previd�ncia � uma grande responsabilidade de n�s mais velhos para que a juventude do Brasil efetivamente tenha um futuro. Caso contr�rio, estaremos fugindo da nossa responsabilidade e deixando voc�s tendo que trabalhar at� o �ltimo dia que tiverem na nossa terra, e n�o � isso que desejo pra voc�s. Tamb�m tenho filhos e netos e quero o melhor para eles”, disse.