Porta-voz diz que Moro n�o condicionou entrada no governo � vaga no STF

O porta-voz da Presid�ncia da Rep�blica, Ot�vio R�go Barros, repetiu nesta segunda-feira, 13, a vers�o de que o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sergio Moro (Justi�a e Seguran�a P�blica) n�o fizeram um acordo pr�vio que vinculasse a nomea��o para o cargo a uma indica��o futura para a pr�xima vaga no de ministro no Supremo Tribunal Federal.

"Moro deixou claro em v�rias entrevistas que n�o condicionou sua participa��o no governo � prov�vel indica��o � vaga no STF", disse o porta-voz.

Segundo R�go Barros, Bolsonaro considera que Moro possui "condi��es �ticas, morais e intelectuais" adequadas para assumir um cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. O presidente afirmou em entrevista que tem um "compromisso" com o ex-juiz da Opera��o Lava Jato, que abandonou a carreira na Justi�a Federal para entrar no governo.

O porta-voz do governo n�o quis comentar avalia��es de que seria inconstitucional a transfer�ncia do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da pasta de Moro para o Minist�rio da Economia, de Paulo Guedes.

Santos Cruz

R�go Barros afirmou ainda que o presidente Bolsonaro n�o tem na pauta "nesse momento" uma eventual demiss�o do ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz.

"A nomea��o e exonera��o de qualquer ministro � uma atribui��o do senhor presidente da Rep�blica. Este assunto n�o est� na pauta neste momento. Por isso o presidente, comigo, n�o fez nenhum coment�rio", disse o porta-voz. "(Sobre) esse caso espec�fico, ele n�o fez maiores coment�rios. Vida que segue."

Questionado mais uma vez por jornalistas, R�go Barros n�o negou a possibilidade de demiss�o do ministro, alvo de questionamentos dos filhos do presidente e de uma ala de apoiadores ideol�gicos, ligados ao escritor Olavo de Carvalho. Ele disse que o presidente tem respeito e considera��o por todos os ministros.

O porta-voz disse n�o ter detalhes sobre uma reforma ministerial, tampouco sobre a revis�o das atribui��es da Secretaria de Governo, � qual est� subordinada a Secretaria Especial de Comunica��o Social.

Fl�vio Bolsonaro

R�go Barros esquivou-se de comentar a quebra de sigilo do senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, e do ex-assessor Fabr�cio Queiroz. Ele negou que o presidente tenha se referido � medida judicial na sexta-feira passada, dia 10, ao citar a vinda de um "tsunami" para o governo.

Segundo o porta-voz, Bolsonaro falava apenas "em tese" sobre assuntos e desafios do governo. "O presidente deveria ser vidente para, falando de tsunami na semana passada, identificar que seria alguma coisa referente � quebra de sigilo do senador Fl�vio Bolsonaro", afirmou R�go Barros.

Questionado sobre como a medida investigat�ria afetaria o governo, o porta-voz disse que as perguntas deveriam ser feitas ao filho do presidente e seu ex-assessor: "O presidente, como de rotina, sobre as quest�es de Justi�a, ele pede que voc�s enderecem �s pessoas envolvidas. Nesse caso, eu vos pe�o que enderecem ao pr�prio senador e eventualmente ao outro cidad�o citado".