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Estado de Minas

'Quem divulga esse tipo de mensagem faz parte do povo', diz Bolsonaro

O texto que descreve o pa�s como "ingovern�vel" se n�o existir "conchavos" pol�ticos foi compartilhado na sexta-feira pelo presidente no WhatsApp


postado em 19/05/2019 08:43 / atualizado em 19/05/2019 09:15

(foto: Valter Campanato/Agencia Brasil )
(foto: Valter Campanato/Agencia Brasil )

Ap�s compartilhar um texto que descreve o pa�s como "ingovern�vel" se n�o existir "conchavos" pol�ticos, o presidente Jair Bolsonaro disse neste s�bado, 18, que quem divulga este tipo de mensagem � "parte do povo" e que "devemos ser fi�is a eles e ponto final".

O texto, revelado pelo jornal O Estado de S�o Paulo, foi compartilhado na sexta-feira por ele pelo WhatsApp. Bolsonaro foi questionado sobre a repercuss�o da mensagem em frente ao Pal�cio da Alvorada, ap�s se encontrar, � tarde, com crian�as de um col�gio paulista - pela manh� ele havia tirado fotos com crian�as de uma escola de Bras�lia.

"Eu passo muita mensagem no WhatsApp, muita, e boto no Facebook. E, geralmente, eu n�o boto ali a minha opini�o. Eu boto ‘assista, tire suas conclus�es’. Esse pessoal que divulga isso faz parte do povo. Esse pessoal a quem devemos ser fi�is a eles e ponto final. Quem tem de ser forte � o povo. Quem tem de dar o norte � povo. N�o sou eu", afirmou. Mais cedo, o presidente havia dito que tinha repassado a mensagem para "meia d�zia de pessoas".

O texto diz que o presidente sofre press�es de todas as corpora��es, em todos os Poderes, e que o pa�s "est� disfuncional", mas n�o por culpa de Bolsonaro. O analista da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM) Paulo Portinho assumiu a autoria do texto e negou que sua inten��o tenha sido criticar o governo ou o Congresso Nacional.

A mensagem repassada pelo presidente foi interpretada por lideran�as do Congresso como mais um ataque � classe pol�tica. Questionado sobre se acreditava na tese do texto, Bolsonaro respondeu que se reservava ao direito da n�o emitir sua opini�o. Diante da insist�ncia da imprensa, o presidente disse: "Leia de novo o texto".

No Twitter, o presidente escreveu que "somente com o apoio de todos voc�s poderemos mudar de vez o futuro do nosso Brasil!"

Bolsonaro defende aprova��o de MP e volta a criticar manifestantes

O presidente tamb�m defendeu a aprova��o integral da medida provis�ria que reestrutura a administra��o p�blica e voltou a falar que os manifestantes que foram �s ruas na quarta-feira passada s�o "idiotas uteis". Se a medida provis�ria que trata da reforma administrativa n�o for aprovada at� 3 de junho pelo Congresso, perder� a validade. Nesse cen�rio, o governo poder� ter de recriar at� dez minist�rios. Editada em janeiro por Bolsonaro, a MP 870 diminuiu o n�mero de pastas de 29 para 22. Questionado, Bolsonaro disse estar confiante de sua aprova��o.

"Para que aumentar os minist�rios? Tem 22, eu queria que tivesse menos", afirmou o presidente. "Espero que aprovem as medidas provis�rias do jeito que eu mandei para l�. O Congresso � soberano para decidir, mudar, rejeitar. A bola est� com eles, e isso � bom porque se tudo que eu fizer tiver que ser acolhido, n�o � bom. O Congresso tem que dar o polimento, melhorar. Mas o foco � Brasil, juntos."

Sobre as manifesta��es contra o contingenciamento do or�amento do Minist�rio da Educa��o, que reuniu milhares de pessoas em mais de 200 cidades, o presidente voltou a chamar os manifestantes de "idiotas �teis". Ao comentar o assunto, acabou utilizando a palavra "corte", em vez de contingenciamento. "E esse movimento do pessoal que eu cortei a verba. O que voc�s acharam? � uma minoria que manda na escola. Pessoal faz a� porque alguns (professores) (estavam) oferecendo pontos, facilidades. E o pessoal (os alunos) nem sabe o que foi fazer nas ruas", afirmou o presidente. "S�o idiotas �teis. � verdade."

Anistia a partidos pol�ticos

Bolsonaro tamb�m voltou a criticar a imprensa e disse ser "mentira" que tenha anistiado os partidos pol�ticos. Na sexta-feira, o presidente assinou a san��o do projeto de lei que anistia multas aplicadas a partidos pol�ticos. A estimativa � a de que o perd�o possa chegar a R$ 70 milh�es, valor dos d�bitos dos diret�rios municipais de quase todas as legendas. O texto deve ser publicado na edi��o desta segunda-feira, 20, do Di�rio Oficial da Uni�o.

"Sei que voc�s s�o funcion�rios (se dirigindo aos rep�rteres) e n�o t�m poder junto aos editores. Mas a imprensa est� dizendo que eu sancionei uma lei para anistiar multas de R$ 60 milh�es de partidos pol�ticos. � mentira. Eu vetei. Grande parte da m�dia s� vive disso. Desinformando e atrapalhando. A m�dia, se for isenta no pa�s, que mostre. Se eu errei, que mostre a verdade".

O teor do texto sancionado foi confirmado pelo Porta-voz da Presid�ncia da Rep�blica em entrevista coletiva no Pal�cio do Planalto. � a primeira vez que um presidente autoriza o cancelamento deste tipo de puni��o �s siglas desde 1995, quando a Lei dos Partidos foi criada. A nova lei sancionada por Bolsonaro altera a Lei dos Partidos. Entre outros pontos, ele estabelece que as siglas que tenham direcionado dinheiro do Fundo Partid�rio para candidaturas femininas entre 2010 e 2018, ainda que n�o tenham cumprido o m�nimo de 5%, n�o poder�o ter suas contas rejeitadas ou ser alvo de qualquer outra penalidade.

Bolsonaro vetou apenas um artigo do projeto aprovado pelo Congresso. Ele retirou do texto o item que desobrigava as legendas de devolver aos cofres p�blicos as doa��es que receberam de servidores comissionados filiados �s pr�prias siglas. 


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