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Estado de Minas POL�TICA

Ap�s atos, Bolsonaro acena a Legislativo e Judici�rio


postado em 28/05/2019 07:32

Um dia ap�s elogiar as manifesta��es de rua em defesa do governo, o presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer um afago na dire��o do Congresso e do Supremo Tribunal Federal - alvos de cr�ticas -, na tentativa de reconstruir pontes. Alertado de que as mobiliza��es do domingo, dia 26, causaram um mal-estar ainda maior nas rela��es com o Legislativo e o Judici�rio, Bolsonaro convidou os presidentes da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ); do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP); e do Supremo, Dias Toffoli, para um caf� da manh�, nesta ter�a-feira, 28, no Pal�cio da Alvorada.

A ideia � procurar uma reaproxima��o com os chefes dos Poderes, adotando como mote a proposta de um "pacto pelo Brasil", a favor das reformas da Previd�ncia e tribut�ria, al�m do apoio a projetos sobre seguran�a p�blica. A sugest�o partiu de Toffoli, ainda em fevereiro, mas nunca saiu do papel. Nos bastidores, integrantes do Congresso e do Judici�rio avaliam com desconfian�a o que chamam de "movimentos err�ticos" de Bolsonaro. Mesmo assim, muitos veem a necessidade de alinhavar um acordo de cavalheiros para evitar que as crises pol�tica e econ�mica se aprofundem.

Atacado nas mobiliza��es de domingo, Maia chegou a ser aconselhado na segunda-feira (27) por aliados a dar uma resposta contundente � ofensiva contra o Congresso e o Centr�o - grupo que re�ne partidos como DEM, PP, PR, PRB, MDB e Solidariedade - com um pronunciamento em defesa do Legislativo. Em reuni�es realizadas ao longo do dia, na resid�ncia oficial da C�mara, deputados disseram a ele que era preciso marcar posi��o para mostrar que, sem o Congresso, n�o h� como resolver o problema do desemprego, nem como combater a desigualdade social e muito menos ajustar as contas p�blicas. Pelo roteiro tra�ado, o discurso de Maia seria na linha de que n�o existe solu��o fora da pol�tica e do respeito �s institui��es.

No fim do dia, no entanto, interlocutores de Bolsonaro entraram em cena para acalmar os �nimos e apagar o novo inc�ndio com o convite para uma conversa, nesta ter�a, que tamb�m ter� a presen�a dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Augusto Heleno (Gabinete de Seguran�a Institucional). O presidente da C�mara est� certo de que Bolsonaro - e n�o apenas a bancada do PSL - estimulou as cr�ticas ao Congresso.

"Os atos sinalizam o prolongamento da crise pol�tica. Bolsonaro atua por um terceiro turno", disse o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). "O Brasil precisa de um pacto pelo desenvolvimento nacional e pela democracia. Ou seremos parte de uma sa�da para o Pa�s ou seguiremos com nossas verdades, de costas para o sofrimento do povo."

O Pal�cio do Planalto admite que houve estragos na rela��o com o Legislativo por causa dos ataques a Maia, ao Centr�o - que abriga cerca de 230 dos 513 deputados - e � classe pol�tica em geral, feitos pelo pr�prio Bolsonaro. No domingo, ele disse, por exemplo, que as manifesta��es deram um recado "�s velhas pr�ticas", que n�o deixam o povo se "libertar". Nas redes sociais, o presidente classificou a mobiliza��o em todo o Pa�s como "espont�nea". "O que vimos ontem (domingo) foi extremamente significativo e hist�rico. N�o podemos ignorar", comentou ele.

'Troco'

A portas fechadas, Bolsonaro avaliou, por�m, que exagerou em suas observa��es ao bater na tecla das "velhas pr�ticas". Lembrou, contudo, que sempre foi atacado quando era deputado "do baixo clero" e sobreviveu ao "bombardeio".

A preocupa��o do Planalto, agora, � com a rea��o do Congresso e poss�veis "trocos" em vota��es no plen�rio. O governo teme, ainda, que o Legislativo aprove uma proposta de emenda � Constitui��o para diminuir os poderes do presidente na edi��o de medidas provis�rias.

Por enquanto, o foco � a MP da reforma administrativa, que reduz o n�mero de minist�rios de 29 para 22 e perde a validade em 3 de junho. Apesar de ter recebido sinal verde da C�mara, a medida ainda precisa passar pelo crivo do Senado.

Mesmo com o pedido de Bolsonaro para que nada mais seja mexido nesse texto, o l�der do PSL no Senado, Major Ol�mpio (SP), disse que far� de tudo para manter o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) nas m�os do ministro da Justi�a, S�rgio Moro.

A C�mara aprovou, na semana passada, a transfer�ncia do Coaf para o Minist�rio da Economia. Se isso for alterado, a MP ter� de ser apreciada novamente pelos deputados e pode n�o haver tempo h�bil para aprova��o at� o dia 3, o que obrigaria o governo a recriar minist�rios extintos, como Trabalho e Cultura. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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