Rodrimar faz pedido de recupera��o judicial

Uma das empresas envolvidas no esc�ndalo que acusa o ex-presidente Michel Temer de receber vantagens em troca do Decreto dos Portos, a Rodrimar apresentou na quarta-feira, 5, pedido de recupera��o judicial. A companhia, que opera no Porto de Santos, afirma que o pedido foi necess�rio devido � retra��o da economia nos �ltimos cinco anos, da crise do setor portu�rio e das dificuldades de negocia��o com os credores.

"Esta medida foi imprescind�vel para as empresas honrarem seus compromissos com fornecedores, funcion�rios, parceiros, clientes e credores, com o menor impacto poss�vel", disse a companhia em nota.

A Rodrimar det�m o arrendamento do Terminal Portu�rio de Cont�ineres do Sabo�, com capacidade de movimenta��o de 230 mil cont�ineres por ano. Nos �ltimos tempos, no entanto, com o aumento da concorr�ncia no Porto de Santos, a empresa perdeu participa��o. Com o envolvimento no esc�ndalo do Decreto dos Portos, a empresa foi ainda mais afetada e perdeu clientes.

No ano passado, o presidente da Rodrimar, Ant�nio Celso Grecco, foi preso pela Pol�cia Federal, na Opera��o Skala, que investiga corrup��o no complexo santista. A acusa��o � que a empresa teria pago propina para ser beneficiada no Decreto dos Portos, editada por Michel Temer em 2017 - o ex-presidente nega. A suspeita recai na altera��o do artigo 19, que ampliou de 25 para 35 anos os prazos dos contratos de concess�es e arrendamentos e permitiu que eles possam ser prorrogados at� o limite de 70 anos, o que beneficiaria a Rodrimar.

"A concess�o da recupera��o judicial � o in�cio de uma nova etapa, pois ela fornece as garantias e a seguran�a necess�rias para uma negocia��o ampla e definitiva de todas as pend�ncias com seus credores", acrescenta a empresa.

Com o pedido de recupera��o, a Rodrimar segue o caminho do grupo Libra Terminais Portu�rios, que tamb�m foi investigado no caso do Decreto dos Portos. O terminal, que chegou a ser o segundo maior do Porto de Santos na movimenta��o de cont�ineres, pediu recupera��o em meados do ano passado. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.