Porta-voz: todas as circunst�ncias ser�o consideradas para balizar escolha de PGR

O porta-voz da Presid�ncia da Rep�blica, Ot�vio R�go Barros, afirmou nesta segunda-feira, 17, que o presidente Jair Bolsonaro vai esperar a forma��o da lista tr�plice pela Associa��o Nacional de Procuradores da Rep�blica (ANPR) para, ap�s levar em considera��o "todas as circunst�ncias", escolher o nome do futuro procurador-geral da Rep�blica. R�go Barros ressaltou, no entanto, que a decis�o pode ser tomada at� setembro, quando termina o mandato da atual chefe do Minist�rio P�blico Federal, Raquel Dodge.

"O presidente considera que este processo ainda est� em constru��o e ser� conduzido pelos entes respons�veis. Ap�s a defini��o da indica��o da lista tr�plice dos 1,2 mil procuradores todas as circunst�ncias ser�o levadas em considera��o pelo presidente para balizar a escolha at� setembro do novo procurador ou nova procuradora-geral da Rep�blica."

A vota��o ser� realizada nesta ter�a-feira, 18. A tradi��o de forma��o da lista tr�plice iniciou-se em 2001. Daquele ano at� agora, o vencedor da lista para o cargo de procurador-geral n�o foi acolhido apenas em sua primeira edi��o e, mais recentemente, em 2017, quando o ent�o presidente Michel Temer escolheu Dodge. A atual PGR n�o se inscreveu para concorrer na elei��o promovida pela ANPR.

Ronaldinho

No final da manh� desta segunda-feira, Bolsonaro recebeu no Pal�cio do Planalto o ex-jogador de futebol Ronaldinho Ga�cho. Segundo R�go Barros, o ex-jogador, "conhecido antigo do presidente", "se predisp�s a representar o Brasil no cen�rio mundial, visto que ele � uma das figuras com maior n�mero de seguidores nas m�dias sociais e muito conhecido mundialmente".

Assim como o presidente da Rep�blica, que em 2012 foi alvo de multa pelo Ibama por pesca em uma �rea de prote��o integral em Angra dos Reis, Ronaldinho tamb�m enfrentou problemas com quest�es ambientais. Ele e o irm�o, o empres�rio Roberto de Assis Moreira, foram condenados em 2015 pela constru��o ilegal de um trapiche em �rea de preserva��o permanente, sem licenciamento ambiental, em Porto Alegre (RS).

No ano passado, o Tribunal de Justi�a do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS) determinou a apreens�o dos passaportes dos dois devido ao n�o pagamento da d�vida por dano ambiental, decis�o que foi mantida em maio deste ano pelo Superior Tribunal de Justi�a (STJ). Segundo o Minist�rio P�blico, as multas alcan�avam o valor de R$ 8,5 milh�es em novembro do ano passado.

Questionado sobre os problemas ambientais enfrentados pelo presidente, o porta-voz afirmou que "fazer qualquer tipo de compara��o entre eventos pessoais e do senhor presidente n�o s�o adequados neste momento".