
Trechos de mensagens entre procuradores da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato obtidas pelo site The Intercept Brasil indicam que as conversas com o ex-juiz e atual ministro S�rgio Moro alteraram as estrat�gias da acusa��o. Deltan Dallagnol teria orientado, inclusive, que o colega Carlos Fernando apagasse as mensagens com as sugest�es do ex-juiz. As informa��es foram divulgadas pelo jornalista Reinaldo Azevedo no programa "O � da Coisa", da BandNews FM. Ele teve acesso ao material do The Intercept Brasil, numa parceria do site com outros ve�culos de imprensa.
De acordo com as conversas vazadas do aplicativo Telegram, o coordenador da Lava-Jato, Deltan Dallagnol, teria encaminhado a Carlos Fernando mensagem de Moro, em que o juiz teria reclamado do desempenho da colega deles Laura Tessler em audi�ncias e sugerido um treinamento.
A publica��o informa que, ao encaminhar as mensagens, Dallagnol se certifica com Carlos Fernando que elas ser�o apagadas. E, depois de ser criticada por Moro, a procuradora Laura Tessler n�o participou da oitiva com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Veja a seguir trecho das conversas divulgado pelo programa:
13:11:42 Deltan - N�o comenta com ningu�m e me assegura que teu telegram
n�o t� aberto a� no computador e que outras pessoas n�o est�o vendo por
a�, que falo
13:12:28 Deltan - (Vc vai entender por que estou pedindo isso)
13:13:31 Ele est� s� para mim.
13:14:06 Depois, apagamos o conte�do.
13:16:35 Deltan - Prezado, a colega Laura Tessler de vcs � excelente profissional, mas para inquiri��o em audi�ncia, ela n�o vai muito bem. Desculpe dizer isso, mas com discri��o, tente dar uns conselhos a ela, para o pr�prio bem dela. Um treinamento faria bem. Favor manter reservada essa mensagem. (encaminhada)
13:17:03 Vou apagar, ok?
13:17:07 Deltan - apaga sim
Em nota, o Minist�rio da Justi�a respondeu ao programa "O � da Coisa", n�o admitindo a autenticidade das mensagens: "Sobre suposta mensagem atribu�da ao Ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica; esclarece-se que n�o se reconhece a autenticidade, pois pode ter sido editada ou adulterada pelo grupo criminoso, que mesmo se aut�ntica nada tem de il�cita ou anti�tica. A suposta mensagem j� havia sido divulgada semana passada, nada havendo de novo".