O presidente Jair Bolsonaro decidiu exonerar mais um general do primeiro escal�o do governo. O ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, general Floriano Peixoto, deixar� o cargo. Em troca, ele vai assumir a presid�ncia dos Correios no lugar do tamb�m general Juarez Aparecido de Paula Cunha, demitido em p�blico por Bolsonaro na semana passada.
Ser� a segunda troca na Secretaria-Geral em menos de seis meses de governo. Gustavo Bebianno, que assumiu a fun��o no in�cio da gest�o Bolsonaro, foi demitido em fevereiro ap�s desentendimentos com o presidente e com um de seus filhos, Carlos Bolsonaro.
O general Peixoto, que foi secret�rio executivo de Bebianno, � pr�ximo de Carlos Alberto dos Santos Cruz, demitido na semana passada da Secretaria de Governo. Bolsonaro afirmou que convidou Santos Cruz para assumir os Correios. Em entrevista � revista �poca, por�m, o general negou ter recebido a oferta e disse que n�o aceitaria, pois considera "inapropriado" sair da condi��o de ministro para ser subordinado a outro minist�rio.
Esta � a quarta baixa da ala militar no governo de Bolsonaro em menos de duas semanas. Al�m de Cunha, Santos Cruz e Peixoto, o general Franklimberg Ribeiro de Freitas foi exonerado do comando da Funda��o Nacional do �ndio (Funai) na ter�a-feira da semana passada, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo.
Substituto
O governo ainda n�o bateu o martelo sobre quem assumir� a Secretaria-Geral da Presid�ncia no lugar de Floriano Peixoto. Uma das possibilidades � o subchefe de Assuntos Jur�dicos da Casa Civil, Jorge Antonio de Oliveira. Ele foi assessor, na C�mara, do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho "03" do presidente. Bolsonaro j� havia decidido retirar o �rg�o comandado por Oliveira da Casa Civil e transferi-lo para a Secretaria-Geral. Uma medida provis�ria publicada na quarta-feira, 19, prev� a mudan�a.
Outro nome cotado para o cargo � o do atual secret�rio especial da Previd�ncia, Rog�rio Marinho. Ex-deputado do PSDB, Marinho � considerado por seus pares como um h�bil negociador pol�tico e, at� a vota��o da reforma da Previd�ncia, poderia acumular as fun��es.
A op��o de levar Marinho para o Planalto partiu do ministro da Economia, Paulo Guedes, como forma de refor�ar a articula��o pol�tica. Bolsonaro gosta do ex-deputado, que tem boa rela��o com o Congresso e � pr�ximo do presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Correios
A troca foi decidida ap�s o ent�o presidente dos Correios, general Juarez Cunha, se opor ao plano do governo de privatizar a estatal. Acusado de "agir como sindicalista" por Bolsonaro, Cunha teve sua demiss�o anunciada pelo presidente durante um caf� da manh� com jornalistas h� uma semana. Na ocasi�o, Bolsonaro se referia a uma audi�ncia p�blica na C�mara em que Cunha pregou contra a venda dos Correios e posou para fotos ao lado de parlamentares da oposi��o.
A privatiza��o est� nos planos do governo para enxugar a m�quina p�blica. Apesar disso, o Minist�rio da Ci�ncia e Tecnologia, comandado por Marcos Pontes, tem defendido mais reflex�o sobre a estrat�gia para as empresas que est�o sob sua tutela, incluindo os Correios, que tem mais de 100 mil funcion�rios. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
POL�TICA