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Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro admite erros na articula��o pol�tica


postado em 22/06/2019 07:35

Ap�s experimentar derrotas em s�rie no Congresso, o presidente Jair Bolsonaro reconheceu ontem que seu governo enfrenta problemas na articula��o pol�tica. Ele atribuiu as dificuldades � "inexperi�ncia" e admitiu que teve de adotar o modelo que era usado no Pal�cio do Planalto de Michel Temer.

O mea-culpa veio ontem, mas as mudan�as j� haviam sido oficializadas na quarta-feira por medida provis�ria. Nela, o presidente tirou a articula��o pol�tica da Casa Civil, chefiada por Onyx Lorenzoni (DEM). "Quando montamos aqui, no primeiro momento, por inexperi�ncia nossa, tivemos algumas mudan�as nas fun��es de cada um que n�o deram certo", disse o presidente em entrevista. "Em grande parte, retornamos ao que era feito em governo anterior."

Bolsonaro se referia ao arranjo vigente at� 2018, onde a Secretaria de Governo cuidava simultaneamente da articula��o pol�tica e da libera��o de emendas aos parlamentares. No governo Temer, o posto foi ocupado por Geddel Vieira Lima (MDB-BA), que hoje est� preso, por Ant�nio Imbassahy (PSDB-BA) e por Carlos Marun (MDB-MS).

Agora, a Secretaria de Governo ser� comandada pelo general da ativa Luiz Eduardo Ramos, rec�m-nomeado por Bolsonaro para o cargo. Ao anunciar sua chegada ao governo, na semana passada, o presidente enfatizou que o auxiliar tivera experi�ncia como assessor parlamentar e que, por isso, ajudaria muito no trato com o Congresso. O an�ncio da amplia��o dos poderes da Secretaria de Governo veio depois.

Em entrevista � revista Veja, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que "o problema da articula��o pol�tica n�o � do ministro, mas do governo". "A gente sabe que isso n�o � t�o f�cil sem a participa��o direta do presidente", afirmou.

A condu��o da articula��o pol�tica por Onyx era alvo de cr�ticas por parlamentares de diferentes matizes. Na abertura dos trabalhos legislativos, ele se indisp�s com Maia ao tentar costurar uma candidatura alternativa e bloquear sua reelei��o. Fracassou. Ao mesmo tempo, ganhou f�lego ao apoiar a elei��o de Davi Alcolumbre (DEM-AP) contra Renan Calheiros (MDB-AL).

Os problemas, por�m, foram se avolumando. Na semana passada, houve uma derrota emblem�tica. O Senado derrubou decretos que flexibilizam o porte de armas, promessa de campanha de Bolsonaro. Ele chegou a fazer um apelo aos deputados, em 'live' no Facebook, para que n�o enterrem a iniciativa.

L�deres do Centr�o costumavam desferir as cr�ticas mais contundentes, argumentando que o governo tinha dificuldade de dialogar e tentava "criminalizar" todo tipo de negocia��o pol�tica. Mas, at� integrantes do PSL, partido do governo, vez ou outra disparavam contra o Planalto.

"O presidente percebeu que n�o estava funcionando. Deve ter recebido muitas reclama��es e tenta dar outro norte ao governo", disse o l�der do PSL na C�mara dos Deputados, deputado Delegado Waldir. Segundo ele, mais do que ajustar o desenho, � importante encontrar "a pessoa certa para o lugar certo", porque o Parlamento "gosta de respeito". "Para articula��o pol�tica, tem que ter jogo pol�tico, humildade, respeitar os parlamentares, tem de ser amado pelo Parlamento ou n�o vai dar conta do servi�o, n�o", disse Waldir.

Bolsonaro tem tentado preservar Onyx e evitou culp�-lo pelos resultados ruins no Congresso. "Onyx est� fortalecido pelo PPI", disse, referindo-se ao Programa de Parceria em Investimentos, que cuida de concess�es e privatiza��es e passou para a Casa Civil. Onyx � aliado de primeira hora de Bolsonaro e j� integrava seu time antes de ele se firmar nas pesquisas.

Outras mudan�as

O presidente anunciou ontem outro rearranjo na equipe, com a promo��o de Jorge Antonio de Oliveira, que � major da PM do DF, para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia. Ele ocupava a subchefia de Assuntos Jur�dicos. Segundo Bolsonaro, Oliveira � uma pessoa que o acompanha h� 15 anos, est� acostumado com a burocracia e atua como "prefeito do Planalto". A subchefia de Assuntos Jur�dicos ficava subordinada � Casa Civil e passou para al�ada da Secretaria-Geral da Presid�ncia. Foi mais um movimento de esvaziamento dos poderes de Onyx.

Formado em 1992 no Col�gio Militar de Bras�lia, Oliveira serviu por mais de 20 anos na Academia de Oficiais da PM do DF. Com forma��o em Direito, foi transferido em 2013 para a reserva, iniciando atividade de advocacia, consultoria e assessoria jur�dica. O novo ministro atuou no Congresso como assessor parlamentar da PM do DF, assessor jur�dico no gabinete de Bolsonaro e tamb�m como chefe de gabinete e assessor jur�dico do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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