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Estado de Minas POL�TICA

Mensagens sugerem articula��o para proteger Moro e evitar tens�o com STF


postado em 23/06/2019 12:24

O jornal Folha de S.Paulo, em parceria com o site The Intercept Brasil, publicou neste domingo, 23, novas mensagens atribu�das ao ministro da Justi�a, S�rgio Moro (ex-juiz federal), e ao procurador da Rep�blica Deltan Dallagnol, da Opera��o Lava Jato em Curitiba. Os di�logos, segundo os ve�culos, sugerem que, em 2016, membros da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal se articularam para proteger S�rgio Moro e evitar tens�es com o Supremo Tribunal Federal (STF).

A reportagem aponta que o tema central das mensagens eram documentos da empreiteira Odebrecht que haviam sido anexados, sem sigilo, pela Pol�cia Federal a um processo da Lava Jato em 22 de mar�o de 2016. Fazia parte do material uma 'superplanilha' com nomes de pol�ticos associados a pagamentos da empreiteira.

De acordo com os ve�culos, na ocasi�o, Moro reclamou da Pol�cia Federal com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa. "Tremenda bola nas costas da PF", teria escrito o ent�o juiz, no Telegram. "E vai parecer afronta."

O jornal e o site relatam que o ent�o magistrado informou a Deltan que mandaria ao Tribunal ao menos um dos inqu�ritos em andamento em Curitiba, cujo alvo era o ex-marqueteiro de campanhas do PT Jo�o Santana. A publica��o narra que o procurador contou a Moro que havia procurado a Procuradoria-Geral da Rep�blica e lhe sugeriu que enviasse outro inqu�rito ligado � empreiteira.

Segundo a reportagem, Deltan afirmou ao ent�o juiz que n�o tinha havido m�-f� da PF na divulga��o dos documentos. "Continua sendo lamban�a", aponta mensagem atribu�da a Moro. "N�o pode cometer esse tipo de erro agora."

Em seguida, relatam os ve�culos, o coordenador da Lava Jato teria encorajado Moro e lhe prometido apoio incondicional. "Saiba n�o s� que a imensa maioria da sociedade est� com Vc, mas que n�s faremos tudo o que for necess�rio para defender Vc de injustas acusa��es."

As publica��es narram que Moro afirmou que temia press�es para que sua atua��o fosse examinada pelo Conselho Nacional de Justi�a e disse a Deltan que enviaria para a Corte m�xima os tr�s principais processos que envolviam a Odebrecht, inclusive os que a for�a-tarefa tinha sugerido manter em Curitiba.

Em resposta, segundo os ve�culos, Deltan afirmou ao juiz que falaria com o representante do Minist�rio P�blico Federal no CNJ e sugeriu que tentaria apressar uma das den�ncias que a for�a-tarefa estava preparando. A medida, de acordo com a reportagem, permitiria que o caso fosse encaminhado ao Supremo j� com os acusados e crimes definidos na den�ncia.

Em nota enviada ao jornal, o ministro afirmou que "n�o confirma a autenticidade de mensagens obtidas de forma criminosa e que podem ter sido editadas ou adulteradas total ou parcialmente".

"Repudia ainda a divulga��o de suposta mensagem com o intuito �nico de gerar animosidade com movimento pol�tico que sempre respeitou e que teve papel c�vico importante no apoio ao combate � corrup��o", informa a nota. "A invas�o criminosa de celulares de autoridades p�blicas � objeto de investiga��o pela Pol�cia Federal."

Neste domingo, o ministro S�rgio Moro publicou uma mensagem em seu Twitter sem citar a reportagem: "Um pouco de cultura. Do latim, direto de Hor�cio, parturiunt montes, nascetur ridiculus mus (A montanha pariu um rato)."

Na semana passada, a for�a-tarefa da Lava Jato afirmou que "seus membros foram v�timas de a��o criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques � atividade do Minist�rio P�blico, � vida privada e � seguran�a de seus integrantes".

"A a��o vil do hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores da Lava Jato usados para comunica��o privada e no interesse do trabalho, tendo havido ainda a subtra��o de identidade de alguns de seus integrantes. N�o se sabe exatamente ainda a extens�o da invas�o, mas se sabe que foram obtidas c�pias de mensagens e arquivos trocados em rela��es privadas e de trabalho", apontou a nota. "Dentre as informa��es ilegalmente copiadas, possivelmente est�o documentos e dados sobre estrat�gias e investiga��es em andamento e sobre rotinas pessoais e de seguran�a dos integrantes da for�a-tarefa e de suas fam�lias. H� a tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito � legalidade e de forma t�cnica e imparcial, em mais de cinco anos de Opera��o."


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