
A Pol�cia Federal deflagrou na manh� desta quinta-feira opera��o para investigar esquema de financiamento de campanha eleitoral de candidatos do PSL em Minas Gerais, os chamados 'laranjas', que assumem candidaturas apenas para facilitar repasse de recursos para dirigentes partid�rios .
Policiais federais prenderam, em Bras�lia, o assessor especial do ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio, Mateus Von Rondon Martins.
Em Ipatinga, no Vale do A�o, tamb�m foi preso Robertinho Soares, ex-assessor do ministro e atual secret�rio do PSL no Estado.
H� mandados de pris�o e de busca e apreens�o em andamento.
Essa � a segunda fase da opera��o da Pol�cia Federal para apurar irregularidades no repasse de recursos para financiamento de candidatos do PSL no estado.
Deputada acusa
Em maio passado, a deputada federal Al� Silva (PSL) afirmou ter a “convic��o” que o ministro do Turismo comandava o suposto esquema de candidaturas-laranja apresentadas pela legenda nas elei��es do ano passado em Minas Gerais.
Durante depoimento de cerca de duas horas na Pol�cia Federal, a parlamentar ainda acusou o ministro de amea��-la e produzir not�cias mentirosas envolvendo seu nome. Em Belo Horizonte para participar de reuni�o da Comiss�o de Turismo da Assembleia Legislativa, Marcelo �lvaro Ant�nio rebateu as declara��es.
A deputada federal argumentou � PF que v�rios dos assessores envolvidos no esquema – que consistia no desvio de recursos de fundo p�blico destinado a candidaturas femininas – foram nomeados para cargos no Minist�rio, na Assembleia Legislativa e comiss�es municipais. Os nomes n�o foram informados em entrevista logo depois do depoimento.
“A partir da denuncia, ele ao inv�s de se colocar ao lado da pessoa que o teria denunciado, e se colocar � disposi��o da Justi�a para ajudar a investigar, ele come�ou a me amea�ar. E colocou aqueles envolvidos, todos seus assessores indiretamente envolvidos no esquema, colocou ainda para mais perto de si”, afirmou.
Consci�ncia tranquila
Marcelo �lvaro Ant�nio rebateu as acusa��es. Ele disse que tem a consci�ncia “absolutamente tranquila” e que nunca orientou qualquer assessor a praticar qualquer irregularidade na campanha de 2018. “O caso est� na m�o da PF, a gente tem profunda confian�a e profundo respeito no trabalho da PF, e a PF vai dizer a respeito do fato aqui em Minas”, afirmou, depois de participar de audi�ncia na Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte.
De acordo com ele, durante a campanha ele estava sobrecarregado com as viagens para pedir votos a deputado federal e a coordena��o da candidatura de Jair Bolsonaro no estado, portanto, n�o teve qualquer participa��o nas discuss�es sobre divis�o de recursos de campanha. O ministro ainda agradeceu a postura do presidente em rela��o �s den�ncias.
“Eu tenho a minha consci�ncia absolutamente tranquila e n�o tenho motivo para sair do minist�rio. O presidente � um homem honesto, justo, e n�o vai fazer nenhum tipo de prejulgamento at� a conclus�o do trabalho da PF”.
Em abril deste ano, Al� Silva tornou p�blico que o ministro do Turismo teria a amea�ado de morte durante reuni�o com integrantes da legenda no final de mar�o, em Belo Horizonte. Na ocasi�o ela prestou depoimento volunt�rio � PF e solicitou prote��o policial, quando confirmou a exist�ncia do esquema de candidaturas laranjas no PSL mineiro.
As den�ncias indicam que recursos expressivos eram destinados a candidatas, sem que elas fizessem campanha que justificasse o gasto. O dinheiro era repassado ent�o a empresas ligadas a assessores do mininistro, que na �poca era deputada.