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Estado de Minas POL�TICA

Nota de risco de Angola foi rebaixada para garantir propina ao PT, diz Palocci


postado em 03/07/2019 11:18

O ex-ministro Antonio Palocci afirmou na CPI do BNDES nesta ter�a-feira, 2, que a nota de risco de Angola foi rebaixada para permitir que o BNDES aumentasse o volume de empr�stimos destinados a obras da Odebrecht no pa�s africano.

Aos deputados, Palocci afirmou que tratava de assuntos relativos ao banco diretamente com o ex-presidente da institui��o Luciano Coutinho. O depoimento � comiss�o foi feito a portas fechadas e envelopadas para evitar que o ex-ministro fosse filmado e fotografado. Assessores e imprensa n�o tiveram acesso. As declara��es foram confirmadas pelo jornal O Estado de S. Paulo com dois deputados presentes.

� a primeira vez que Palocci fala na comiss�o instalada para investigar o uso do banco de fomento para alimentar o esquema de corrup��o durante os governos do PT. O ex-ministro esteve a frente da Fazenda, no governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, e da Casa Civil, no governo da presidente cassada Dilma Rousseff.

Palocci falou por quase cinco horas e concentrou toda a sua narrativa no caso envolvendo Angola. A restri��o foi acordada com membros da CPI por conta de acordos de colabora��o que o petista negocia com a Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR). A procuradora-geral, Raquel Dodge, apontou que o �nico anexo da dela��o relacionado ao tema � o termo de depoimento 21, cujo t�tulo � "Neg�cios em Angola".

Palocci, de acordo com deputados, disse que a taxa de risco dos empr�stimos para Angola foi rebaixada por uma "decis�o pol�tica" que partiu "da Presid�ncia da Rep�blica" durante o governo Lula. Os parlamentares relataram que a manobra, segundo Palocci, teria permitido que um conjunto de empr�stimos saltasse de R$ 600 milh�es para R$ 1 bilh�o. Os valores teriam rendido mais de R$ 60 milh�es ao PT.

Na semana passada, o Estado mostrou que a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da C�mara criada para investigar empr�stimos do BNDES no exterior j� reuniu, em tr�s meses de funcionamento, informa��es que apontam para falhas do banco no financiamento de obras na Venezuela, em Cuba, em Angola e em outros pa�ses durante os governos do PT.

Documentos obtidos pelo jornal mostram que entre os principais pontos levantados at� agora est�o aus�ncia de crit�rios para rebaixamento de risco antes de conceder o cr�dito e a falta de auditoria fora do Pa�s para fiscalizar a aplica��o do dinheiro.

O banco sempre negou ter falhado ao conceder os empr�stimos, parte de estrat�gia das gest�es dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff para incentivar a internacionaliza��o de empresas brasileiras. Advers�rios, por�m, apontam motiva��es pol�ticas nas opera��es, que beneficiaram empreiteiras alvo da Lava Jato.

Questionado sobre as contas no exterior usadas pela JBS para propina, Palocci disse que n�o podia responder j� que o se tratava de um outro anexo de sua dela��o premiada, relataram os deputados.

Nesta ter�a-feira, o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), autorizou o a extens�o por 60 dias dos trabalhos da comiss�o, que se encerrariam no dia 7 de agosto. Agora, a CPI vai ser encerrada em outubro.


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