O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), instalou nesta quarta-feira, 3, em sess�o do Congresso Nacional, uma Comiss�o Parlamentar Mista de Inqu�rito (CPMI) para investigar ataques cibern�ticos que "atentam contra a democracia e o debate p�blico".
A CMPI das chamadas "fake news" tamb�m vai apurar a utiliza��o de perfis falsos para influenciar os resultados das elei��es de 2018, a pr�tica de cyberbullying sobre os usu�rios "mais vulner�veis da rede de computadores, bem como sobre agentes p�blicos", e o aliciamento de crian�as para o cometimento de crimes de �dio e suic�dio.
Segundo Alcolumbre, a comiss�o ser� composta por 15 senadores e 15 deputados federais, que ter�o o prazo de 180 dias para investigar os pontos citados na CPMI. O presidente do Senado tamb�m solicitou que as lideran�as das duas Casas indiquem os nomes dos membros dos partidos e blocos para integrarem a comiss�o. O requerimento foi apresentado pelo deputado federal Alexandre Leite (DEM-SP).
Como mostrou o Broadcast Pol�tico, sistema de not�cias em tempo real do Grupo Estado, a cria��o do colegiado fez pol�ticos de diferentes partidos - do PT ao PSL - apoiarem a iniciativa, mas por interesses diversos, que v�o da elei��o de Jair Bolsonaro em 2018 at� a divulga��o da troca de supostas mensagens envolvendo o ministro da Justi�a, Sergio Moro, quando era juiz em processos da Opera��o Lava-Jato.
Na arena pol�tica, o que se pretende com a CPI das chamadas "fake news" � blindar congressistas que s�o alvos de ataques na internet e identificar respons�veis por essas cr�ticas.
Entre os alvos potenciais, est�o apoiadores de Bolsonaro e parlamentares aliados que fazem transmiss�es ao vivo nas redes sociais durante as vota��es do Congresso, grupo conhecido como "bancada da live".
Logo ap�s a abertura da CPMI por Alcolumbre, da tribuna, o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) elogiou a iniciativa. "Cumprimentar os parlamentares que apoiaram com suas assinaturas a constitui��o desta CPMI para investigar os crimes cibern�ticos, as fake news, a rela��o destas fake news com processos eleitorais, os mecanismos de destrui��o de imagem de pessoas que se tornam totalmente vulner�veis", disse o petista.