O presidente Jair Bolsonaro assumiu nesta quarta-feira, 10, o compromisso de indicar um ministro "terrivelmente evang�lico" para uma das duas vagas a serem abertas no Supremo Tribunal Federal (STF) durante seu mandato. Bolsonaro afirmou compromisso durante culto de Santa Ceia realizado pela Frente Parlamentar Evang�lica na C�mara dos Deputados.
"O Estado � laico, mas n�s somos crist�os. Ou, para plagiar minha querida Damares: n�s somos terrivelmente crist�os. E esse esp�rito deve estar presente em todos os Poderes. Por isso, meu compromisso. Poderei indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal, um deles ser� terrivelmente evang�lico", disse Bolsonaro, aplaudido pelos parlamentares da frente, assessores e convidados que lotaram o audit�rio Nereu Ramos.
O presidente j� havia manifestado antes a inten��o de indicar um crist�o ou um evang�lico para o Supremo, mas sem assumir um compromisso expl�cito publicamente.
Aos deputados e senadores que acompanhavam o culto nesta manh�, Bolsonaro disse que os evang�licos foram essenciais na inflex�o da pauta moral nos �ltimos anos, a partir de 2010. Segundo ele, a fam�lia vinha sofrendo nos �ltimos governos. "Aquele chav�o que era da pol�tica passou a ser de todos n�s: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", frisou, citando seu slogan de campanha.
Em maio, o presidente j� tinha dado sinais de que pretendia emplacar um evang�lico no STF, quando fez uma s�rie de cr�ticas � Corte. "N�o me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justi�a com a religi�o. Todos n�s temos uma religi�o ou n�o temos. Respeitamos e tem que respeitar. Ser� que n�o est� na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evang�lico?", perguntou o presidente, aplaudido de p� por fi�is que participaram da Conven��o Nacional das Assembleias de Deus, em Goi�nia, na ocasi�o.
Previd�ncia
O presidente da Rep�blica passou todo o discurso feito pela manh� na C�mara sem abordar abertamente a vota��o nesta quarta da reforma da Previd�ncia no plen�rio da Casa. Bolsonaro pediu apoio dos parlamentares em vota��es da pauta do governo.
Ele elogiou genericamente o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que em sua vis�o "tem conduzido muito bem as quest�es de interesse do Pa�s", e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), "uma pessoa que tem o cora��o maior que o peito", nas palavras de Bolsonaro. O presidente afirmou que no segundo semestre "nossos olhos se voltar�o para o grande e pequeno Davi Alcolumbre."
J� o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), disse que "gra�as a Deus hoje teremos uma grande vit�ria no plen�rio da C�mara dos Deputados para come�ar a transformar o Brasil", em refer�ncia � vota��o da reforma.
'Escolhido de Deus'
Apresentado como "o escolhido" de Deus por Lorenzoni, Bolsonaro afirmou ser apenas um instrumento e destacou o potencial da parceria entre o Planalto e o Congresso. "Voc�s s�o mais que amigos, s�o irm�os. Homens e mulheres que querem o bem do pr�ximo e n�s juntos podemos fazer aquilo que o povo quer e merece, um Brasil melhor para todos. Ningu�m faz nada sozinho. A For�a do Executivo com o Legislativo � inimagin�vel, ainda mais tendo paz e Deus no cora��o".