Condutas do A�cio traduzem corrup��o e n�o crime eleitoral, diz procurador

O deputado federal A�cio Neves (PSDB-MG) � alvo de um inqu�rito em S�o Paulo que apura oito casos de "doa��es" de dinheiro do empres�rio Joesley Batista ao parlamentar. O procurador da Rep�blica Rodrigo de Grandis investiga o caso e afirma que "j� existem muitos elementos indicativos de crimes contra a Administra��o P�blica e n�o crimes eleitorais".

"Todos os epis�dios ser�o processados aqui, ser�o investigados aqui em S�o Paulo. Nada vai para o Eleitoral", disse o procurador em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. "Parece-me claro que l� foram praticados crimes de corrup��o e tamb�m de lavagem de dinheiro."

No dia 10 de junho passado, o juiz federal Jo�o Batista Gon�alves, da 6ª Vara Federal Criminal de S�o Paulo, especializada em lavagem de dinheiro e crimes financeiros, negou pedido da defesa do tucano para que o caso fosse enviado � Justi�a Eleitoral em Bras�lia. O magistrado manteve a investiga��o em S�o Paulo.

Rodrigo de Grandis relata que analisou cada um dos oito casos "para verificar se era crime eleitoral ou n�o". "Existem meros ind�cios ou elementos suficientes? A conex�o s� existe quando voc� verifica elementos concretos de que o crime eleitoral foi praticado. A an�lise que n�s fizemos indicou que n�o existia nenhum tipo de crime eleitoral", declarou.

"Muitas vezes o investigado, o acusado ou o pr�prio colaborador diz que � 'd�vida de campanha' e, na verdade, n�o �. Foi a hist�ria que foi passada a ele ou a impress�o que ele teve. Ele sabia que ele estava dando dinheiro para um parlamentar, visando um benef�cio qualquer. � um benef�cio por for�a do mandato pol�tico do parlamentar e isso caracteriza corrup��o", afirma o procurador.