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Estado de Minas POL�TICA

Duque diz que recebeu propina que iria para o PT


postado em 12/07/2019 10:41

O ex-diretor de Servi�os da Petrobras Renato Duque afirmou, em interrogat�rio nesta quarta-feira, 10, que pegou R$ 1,5 milh�o em propinas que supostamente "iriam" para o PT. Segundo ele, o montante foi oferecido por n�o ter emperrado contratos envolvendo a Torre de Pituba, sede da Petrobras em Salvador.

Ele � um dos r�us em a��o penal referente � 56� fase da Opera��o Lava Jato, batizada de Sem Limites, que aponta fraudes e propinas de R$ 67,2 milh�es na constru��o do edif�cio. Segundo a Procuradoria, os desvios teriam abastecido campanhas petistas. O fundo de pens�o Petros se comprometeu a realizar a obra, e a Petrobras a alugar o pr�dio por 30 anos.

Em 2009, Duque diz ter sido avisado pelo ex-tesoureiro Jo�o Vaccari que a Petrobras iria alugar um pr�dio da Petros em Salvador."Para minha surpresa, ele j� sabia que isso seria feito e que quem iria construir esse pr�dio seria a Odebrecht".

"Ele (Vaccari) me disse o seguinte: "Eu n�o estou satisfeito com essa solu��o de ser a Odebrecht a construtora. Eu quero incluir tamb�m a OAS, porque a OAS tem uma grande rela��o com o PT. O Leo Pinheiro � um grande amigo e n�o tem porque uma empresa baiana ficar de fora de um pr�dio em Salvador. Ent�o, vou trabalhar para que isso ocorra", afirmou.

Segundo o ex-diretor, a partir daquele momento, ele "j� sabia que o pr�dio da Pituba tinha algum il�cito envolvido". "Porque antes mesmo de qualquer licita��o j� se sabia quem iria construir o pr�dio, o que n�o � razo�vel, n�o � normal".

De acordo com Duque, "a �rea financeira fez a avalia��o e optou pelo prazo de trinta anos, o aluguel respectivo era R$ 3.003.000,00. Mas paralelamente a isso, a �rea financeira pediu que a Petros informasse qual era a avalia��o da obra, qual o valor da obra, e a Petros informou R$ 588 milh�es. A �rea financeira ficou surpreendida porque, internamente, a avalia��o interna da obra, variava em torno de R$ 100 milh�es a menos".

"No parecer, ela sugeriu que esse assunto fosse abordado junto a Petros. Eu me recordo que eu n�o concordei com essa sugest�o, porque eu disse, na �poca, que a Petrobras estava alugando o im�vel, eu tinha que me preocupar com o valor do aluguel e que a Petros, sim, como propriet�ria do im�vel, como quem iria gastar o dinheiro para construir o im�vel, ela tinha que questionar o valor, sim, mas n�o a Petrobras. Por isso eu submeti � diretoria, o parecer foi anexado ao documento, onde eu pe�o a solicita��o para alugar e a diretoria aprovou o aluguel de R$ 3.003.000,00 (tr�s milh�es e tr�s mil reais), bem abaixo do teto estabelecido pela avalia��o", afirmou.

O ex-diretor, ent�o, narra a suposta oferta de Vaccari. "Quando a diretoria aprova a loca��o, conversando novamente com o Vaccari, ele me diz que n�o achava justo, razo�vel, que eu n�o levasse nenhuma vantagem no neg�cio. E por que eu n�o levaria nenhuma vantagem? Porque a quest�o ali era a Petros construindo um pr�dio e a Petrobras alugando".

"N�o tinha porque algu�m da Petrobras, no caso, eu, levar vantagem, uma vantagem il�cita, uma propina que fosse. A� ele falou: "Olha, eu n�o acho justo, porque voc� sempre ajudou o partido, voc� n�o fez com que o processo emperrasse"", relatou Duque.

O ex-dirigente da estatal afirmou que Vaccari perguntou "se estaria bom", para ele, "receber R$ 1,5 milh�o do valor il�cito envolvido nessa obra'. "� claro que 1,5 milh�o � muito dinheiro. Eu aceitei, falei: "aceito, voc� est� querendo me oferecer um milh�o e meio, dinheiro que iria pro PT, eu aceito"".

"Ele, ent�o, me perguntou se eu gostaria de receber esse dinheiro da Odebrecht ou da OAS, que eram os parceiros no cons�rcio. A� eu disse para ele o seguinte: "Eu quero receber da Odebrecht, porque eu j� tenho um outro dinheiro de um outro il�cito para receber da Odebrecht, combinado com Rog�rio Ara�jo" - que era o representante junto � Petrobras", relatou.


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