A�cio Neves discursa no final da sess�o e defende reforma da Previd�ncia

O deputado federal A�cio Neves, tucano que concorreu � Presid�ncia em 2014 e que na �ltima semana viu dirigentes ligados ao governador Jo�o Doria (PSDB) pedirem sua expuls�o do partido, foi � tribuna na C�mara dos Deputado na noite desta sexta-feira, 12, defender a reforma da Previd�ncia, j� ao fim da sess�o.

No discurso, o tucano lembrou da tentativa fracassada do PSDB ao tentar impor uma idade m�nima para aposentadoria em 1988, e elogiou a "lideran�a" do presidente da C�mara, Rodrigo Maia, na condu��o das discuss�es sobre as novas regras da Previd�ncia, aprovadas em primeiro turno pela Casa.

"H� exatos 21 anos, esse mesmo plen�rio da C�mara, em maio 1998 - eu liderava o PSDB � �poca - rejeitou por um voto o estabelecimento da idade m�nima para a Previd�ncia", lembrou o deputado, antes ocupante de uma cadeira no Senado.

Sobre o epis�dio, que A�cio classificou como equ�voco, o deputado destacou que o Brasil passou ent�o a acompanhar as consequ�ncias, com uma "recess�o prolongada por um longo per�odo" e baixo investimento. "A reforma � correta, aponta na dire��o certa sob a lideran�a de vossa excel�ncia (Rodrigo Maia, presidente da C�mara)", disse A�cio.

O tucano, que chegou a ser afastado do cargo de senador em 2017 por den�ncia de corrup��o, criticou, por outro lado, o que chamou de "dois discursos extremados" nos debates da reforma e cobrou que o governo federal apresente ao Congresso uma agenda de retomada do crescimento.

"Se alguns acham que hoje � o fim de alguma coisa, eu digo, com mais de 30 anos de mandatos consecutivos, estamos apenas no come�o de uma nova hist�ria para cuja constru��o � preciso que haja humildade e respeito �s posi��es advers�rias, e sobretudo um governo que assuma suas responsabilidades", disse.

O PSDB apoia a reforma da Previd�ncia, que foi aprovada em primeiro turno na C�mara. Um integrante do partido, o deputado Samuel Moreira, foi o respons�vel pela relat�rio do texto, que sofreu altera��es em rela��o ao que foi enviado pelo governo Bolsonaro.

A press�o pelo desligamento de A�cio do PSDB se intensificou depois que ele virou r�u na semana passada na Justi�a Federal de S�o Paulo, acusado de receber propina de R$ 2 milh�es do grupo J&F; e tentar obstruir investiga��o da Lava Jato.