
O presidente em exerc�cio do Superior Tribunal Militar, ministro Jos� Barroso Filho, rejeitou um habeas corpus apresentado pela defesa do sargento da Aeron�utica Manoel Silva Rodrigues, preso com 39 kg de coca�na na Espanha ao desembarcar de uma aeronave de apoio � comitiva do presidente Jair Bolsonaro.
A defesa do militar solicitava acesso ao inqu�rito policial militar aberto no Brasil para investigar as circunst�ncias em torno do crime de tr�fico internacional. Os autos s�o sigilosos.
Na peti��o, o advogado Carlos Alexandre Klomfahs solicita � Corte Militar a concess�o de uma liminar que determine o acesso aos documentos.
O ministro do Superior Tribunal Militar, no entanto, rejeitou a argumenta��o de que teria havido constrangimento ilegal. Argumentou, na decis�o, que nos documentos anexados ao habeas corpus, n�o constava o requerimento � 2ª Auditoria de Bras�lia para acesso aos autos.
Rodrigues foi preso no dia 25 de junho ao desembarcar em Sevilha com o carregamento de droga. O segundo-sargento � comiss�rio de bordo e fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio � comitiva que acompanhou Bolsonaro na reuni�o do G-20, no Jap�o.
Al�m do inqu�rito policial militar, o militar � alvo de investiga��o da Pol�cia Federal, aberta para apurar eventuais liga��es de Rodrigues com narcotraficantes e se houve pr�tica de crimes que n�o fazem parte do C�digo Penal Militar, como a associa��o para o tr�fico, trafico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Quando o sargento da FAB foi preso em Sevilha, o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mour�o, ent�o no exerc�cio da Presid�ncia, classificou o militar como uma ‘mula qualificada’ - pela grande quantidade de drogas transportada.
Na quarta-feira, 10, em audi�ncia na Comiss�o de Rela��es Exteriores da C�mara dos Deputados para tratar do caso, o ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que n�o havia conhecimento da participa��o de outras pessoas. O envolvimento de terceiros � uma das suspeitas de investigadores.
Ainda na audi�ncia, o tenente-brigadeiro Baptista, da Aeron�utica, disse que os investigadores do Comando da Aeron�utica est�o em contato com a Pol�cia Federal "para que n�o haja lacuna em nenhuma das dire��es".