(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Maia rejeita disputar cargo no Executivo


postado em 14/07/2019 09:14

Articulador. � esse papel que o presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse enxergar para si mesmo no futuro. Cacifado como alternativa em 2022 para o Planalto por ter comandado a aprova��o da reforma da Previd�ncia em primeiro turno, ele rejeita disputar, pelo menos por enquanto, um cargo do Executivo. "N�o quero ser administrador de crise. Enquanto n�o organizar o Estado brasileiro, para que eu vou ser prefeito, governador ou presidente?", afirmou, em entrevista ao Estado ontem na resid�ncia oficial da C�mara.

Maia disse que entre os nomes mais bem posicionados para enfrentar o presidente Jair Bolsonaro, est�o o apresentador de TV Luciano Huck e os governadores de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), e do Rio, Wilson Witzel (PSC). "Quem vai disputar elei��o com Bolsonaro � quem conseguir caminhar da direita para o centro, ou a centro-esquerda. O Doria prefere ocupar o espa�o do Bolsonaro. Tem que tomar cuidado para n�o tentar disputar o n�cleo duro do presidente. Ele n�o vai crescer para o eleitor mais radicalizado antipetista. O Huck est� tentando construir esse espa�o, um pouquinho mais � centro-esquerda em alguns temas. E o governador do Rio � sempre forte."

O presidente da C�mara afirmou n�o ter "compromisso pol�tico" com Bolsonaro e disse que a mudan�a no relacionamento entre Planalto e Congresso ser� fundamental para as vota��es na C�mara no segundo semestre. Mais do que as cr�ticas do filhos do presidente, Maia reclamou de agress�es de palacianos: "Mais grave � quem est� nomeado dentro do Pal�cio, depende do governo, e ataca o Parlamento nas redes sociais".

Para Maia, Bolsonaro deve refletir sobre nepotismo e avaliar se o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) "tem perfil" para ser embaixador em Washington. Maia disse n�o ser contra um pol�tico no cargo, mas questionou a legalidade da indica��o do deputado: "Ou ele vai renunciar ou n�o vai ser embaixador".

O presidente da C�mara avisou que vai priorizar reformas e projetos de Estado e n�o, necessariamente, a pauta do governo no segundo semestre, como temas de costumes e autonomia do Banco Central. Se concretizada, a inten��o de Maia pode atrasar a venda de estatais, programa estrat�gico do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Maia pretende priorizar mudan�as no marco do saneamento, a nova lei da recupera��o judicial, a reforma tribut�ria e uma reforma administrativa na C�mara e no servi�o p�blico. Ele disse ser "100% a favor" da quebra da estabilidade no emprego para o funcionalismo. "N�o � porque a gente � contra o governo que vamos boicotar tudo. Vamos deixar de votar aquilo que � de governo, o que n�o � urgente para o Estado. As pautas de governo, se esse di�logo n�o melhorar, v�o ter muita dificuldade de tocar. � dif�cil ter voto para aprovar privatiza��o nesse ambiente que ficou nos �ltimos meses na C�mara. Autonomia do Banco Central n�o sei se eu vou ter voto para aprovar, mas vou continuar defendendo."

Caneta

O presidente da Casa avaliou que a Previd�ncia n�o "encheu" a carga da caneta de Bolsonaro, que afirmara ter "mais tinta" em sua Bic do que na Maia. Tamb�m declarou n�o se importar com a possibilidade de ter favorecido a reelei��o de Bolsonaro. "N�o posso trabalhar com a tese de que, porque n�o quero ele reeleito, quero 20 milh�es de desempregados. Essa � uma tese do mal. A reforma por si n�o beneficia o presidente.Apenas gera condi��es para que possa organizar o governo para tratar das �reas fundamentais e garantir seguran�a ao investimento privado", disse. "No Brasil de hoje ningu�m tem caneta de tinta. Est� tudo vazio, a Bic est� toda branca. A dele, a minha, do Davi (Alcolumbre, presidente do Senado), a dos governadores."
Para Maia, o pagamento de emendas foi leg�timo, mas n�o fundamental na conquista dos 379 votos. Ele disse que a libera��o ajudou os deputados a votarem porque tirou os prefeitos do "sufoco" e eles passaram a defender os congressistas.

Do processo, guarda ainda uma m�goa. "Paulo Guedes falou algo falso, atacando a C�mara. N�s n�o defendemos as corpora��es. Mas � um grande quadro, vou continuar admirando e trabalhando com ele. N�o tem problema. Troco WhatsApp. Eu n�o bloqueei ele ainda."
As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)