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Estado de Minas POL�TICA

Desmonte coloca em risco for�a-tarefa da Zelotes


postado em 23/07/2019 11:15

Deflagrada em 2015 para investigar esquema de corrup��o no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a Opera��o Zelotes enfrenta um desmonte que "pode prejudicar gravemente todo o trabalho", destaca o jornal O Estado de S. Paulo. O alerta � do chefe em exerc�cio da Procuradoria da Rep�blica do Distrito Federal, Cl�udio Drewes, que viu em poucos dias a for�a-tarefa que atua no caso se dissolver. A opini�o dele � compartilhada por outro colega que acaba de ser retirado da opera��o. "Temo muito sobre o que vai acontecer", disse o procurador Alexandre Ismail.

A opera��o chegou a ter quatro procuradores. Hoje, conta apenas com um, que est� nos Estados Unidos, onde faz um mestrado. O trabalho remoto impede Frederico Paiva de participar de audi�ncias. O �ltimo a sair foi Ismail, que acaba de ser transferido para Roraima, seu Estado de origem. E contra sua vontade.

Como resultado, nas duas �ltimas semanas ao menos seis audi�ncias - como interrogat�rio de r�us e de testemunhas - foram feitas por procuradores que n�o est�o familiarizados com a opera��o. Isso em um momento em que mais de 20 processos considerados complexos est�o sob instru��o e ainda h� investiga��es em andamento.

Em quatro anos de investiga��o, a Opera��o Zelotes j� apresentou 20 den�ncias criminais contra 113 r�us, incluindo o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. O petista foi acusado de tr�fico de influ�ncia e lavagem de dinheiro nas negocia��es que levaram � compra de 36 ca�as do modelo Gripen pelo governo brasileiro - caso revelado pelo Estado em 2015. O ministro do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) Augusto Nardes � um dos investigados. Ele teria recebido propina para beneficiar uma empresa. O que nega.

Sa�da

A decis�o de devolver o procurador Alexandre Ismail para Roraima, onde est� lotado, � da procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge. Ele atuava na opera��o h� um ano. Seu pedido para permanecer no caso foi negado no �ltimo dia 11 e, at� agora, um substituto n�o foi designado.

Procurada, a assessoria de Dodge nega o esvaziamento da opera��o e justifica que a sa�da se deu a pedido da Procuradoria da Rep�blica de Roraima, onde Ismail � lotado. Afirmou, ainda, que um novo nome pode ser indicado para compor a equipe.

A for�a-tarefa diz que tenta, h� um m�s, uma audi�ncia com Dodge, mas sem sucesso. "Eu sinceramente ainda estou tentando entender. Passamos mais de um m�s buscando marcar reuni�o com ela. At� agora, estamos tentando digerir", disse Ismail.

"Pareceu ir�nico quando a gente viu na ter�a-feira (dia 16) que ela (Raquel Dodge) se reuniu com a Lava Jato e manifestou que estava os apoiando", complementou o procurador. Ele faz coro com o chefe da Procuradoria no DF sobre o futuro da opera��o: "A Zelotes � uma opera��o que j� estava atuando sem estrutura necess�ria e agora vai ter ainda mais dificuldade para andar. Isso em um momento em que era necess�rio dar um g�s para finalizar procedimentos. Obviamente se perde o fio da meada", disse.

Cr�tica

A nota do procurador Claudio Drewes com cr�tica nominal a Dodge causou desconforto na Procuradoria-Geral da Rep�blica e, nesta segunda-feira, 22, acabou removida do site da Procuradoria da Rep�blica do Distrito Federal. No texto, Drewes alerta para o "encerramento da for�a-tarefa", para a perda de "mem�ria do conjunto investigado e a integridade na linha investigativa" e para o "dano ao trabalho ora desenvolvido e ao que est� por desenvolver".

A ordem para retirar a cr�tica da p�gina teria partido da procuradora-chefe titular, Ana Carolina Alves Ara�jo Roman. O jornal tentou contato com ela, mas foi informado que est� de f�rias. Drewes considerou que a medida "passou por cima de sua decis�o e feriu a sua independ�ncia funcional".

Interlocutores de Raquel, por sua vez, afirmam que a nota tinha natureza pol�tica e que o retorno de Ismail a Roraima se deve ao fato de a unidade em que est� lotado n�o ter dado a anu�ncia necess�ria para a continuidade dele em Bras�lia.

A Procuradoria da Rep�blica em Roraima justificou que a medida foi necess�ria devido ao crescimento na demanda diante da migra��o de venezuelanos.

Apesar de a posi��o da unidade original do procurador ter sido respeitada, h� precedentes em que isso n�o ocorreu. A pr�pria Dodge n�o teria ouvido a posi��o da Procuradoria da Rep�blica de Guarulhos ao convocar uma procuradora para trabalhar em Bras�lia em abril. A unidade foi contra e acionou o Conselho Nacional do Minist�rio P�blico para ter a servidora de volta. A PGR n�o comenta. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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