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Estado de Minas POL�TICA

Um dos presos confessa ter hackeado Moro, Deltan, delegados da PF e ju�zes


postado em 24/07/2019 17:53

Preso em Araraquara, interior de S�o Paulo, na Opera��o Spoofing, deflagrada nesta ter�a-feira, 23, Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", confessou � Pol�cia Federal que hackeou o ministro Sergio Moro (Justi�a e Seguran�a P�blica), o procurador Deltan Dallagnol (coordenador da Opera��o Lava Jato no Paran�) e centenas de procuradores, ju�zes e delegados federais, al�m de jornalistas. "Vermelho" acumula processos por estelionato, falsifica��o de documentos e furto.

Em seu Twitter, S�rgio Moro postou nesta quarta-feira, 24, que "pessoas com antecedentes criminais" s�o a "fonte de confian�a daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime".

O ministro n�o citou nomes em sua mensagem. Ao apontar para "pessoas com antecedentes criminais", o ministro se refere ao grupo aprisionado pela PF na Opera��o Spoofing.

Desde junho, Moro � alvo de divulga��o de di�logos a ele atribu�dos com o procurador Deltan Dallagnol, pelo site The Intercept. O site afirmou que recebeu de fonte an�nima o material, mas n�o revelou a origem. Moro nega conluio - ele e Dallagnol afirmam n�o reconhecer a autenticidade das conversas.

Nesta quarta-feira, os diretores do site The Intercept, Leandro Demori e Glenn Greenwald, comentaram, tamb�m no Twitter. "Est� cada vez mais claro: Moro virou pol�tico em busca de um foro privilegiado pra poder falar impunemente em p�blico as coisas que dizia antes em chats secretos", disse Demori.

"Nunca falamos sobre a fonte. Essa acusa��o de que esses supostos criminosos presos agora s�o nossa fonte fica por sua conta. N�o surpreende vindo de quem n�o respeita o sistema acusat�rio e se acha acima do bem e do mal. Em um pa�s s�rio, o investigado seria voc�", afirmou o jornalista, em resposta � declara��o de Moro, na rede social.

J� Greenwald afirmou que Sergio Moro est� "sendo S�rgio Moro - est� tentando cinicamente explorar essas pris�es para lan�ar d�vidas sobre a autenticidade do material jornal�stico".

"Mas a evid�ncia que refuta sua t�tica � muito grande para que isso funcione para qualquer pessoa", disse.

Investiga��o

Al�m de "Vermelho", a Pol�cia Federal prendeu o casal Gustavo Henrique Elias Santos e Suellen Priscila de Oliveira e tamb�m Danilo Cristiano Marques. A PF investiga supostos patrocinadores do grupo.

Ao decretar a pris�o tempor�ria de quatro investigados, o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.� Vara Federal de Bras�lia, apontou para a incompatibilidade entre as movimenta��es financeiras e a renda mensal do casal em dois per�odos de dois meses - abril a junho de 2018 e mar�o a maio de 2019 - movimentou R$ 627 mil com renda mensal de R$ 5.058.

Autoridades

Al�m de Moro, procuradores da for�a-tarefa da Lava Jato no Paran� e outras autoridades teriam sido alvo de hackers - no mandado de buscas, h� men��o ao desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2.� Regi�o, no Rio, ao juiz Fl�vio Lucas, da 18.� Vara Federal do Rio e aos delegados da PF Rafael Fernandes, em S�o Paulo, e Fl�vio Vieitez Reis, em Campinas.

A PF informou tamb�m nesta ter�a que vai investigar a suspeita de invas�o nos aparelhos celulares do ministro da Economia, Paulo Guedes, e da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP).

Desde 9 de junho, o site The Intercept Brasil divulga supostas mensagens trocadas pelo ent�o juiz federal titular da Lava Jato em Curitiba com integrantes do Minist�rio P�blico Federal, principalmente com Dallagnol. Foram divulgadas pelo The Intercept e outros ve�culos conversas atribu�das ao ex-juiz e a procuradores no aplicativo Telegram. O site afirmou que recebeu de fonte an�nima o material, mas n�o revelou a origem. Moro nega conluio - ele e Dallagnol afirmam n�o reconhecer a autenticidade das conversas.

O ministro da Justi�a j� afirmou que a invas�o virtual foi realizada por um grupo criminoso organizado. Para ele, o objetivo seria invalidar condena��es por corrup��o e lavagem de dinheiro, interromper investiga��es em andamento ou "simplesmente atacar institui��es".

Em 19 de junho, Moro passou oito horas e meia respondendo a questionamentos de senadores na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a da Casa sobre supostas mensagens que sugerem atua��o conjunta com os procuradores quando ele era juiz.

Falsifica��o

Spoofing, segundo a PF, � um tipo de falsifica��o tecnol�gica que tenta enganar uma rede ou pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informa��o � confi�vel. "As investiga��es seguem para que sejam apuradas todas as circunst�ncias dos crimes praticados", informou a PF. A opera��o mira "organiza��o criminosa que praticava crimes cibern�ticos".

O celular de Moro foi desativado em 4 de junho. O aparelho foi invadido por volta das 18h. Ele percebeu ap�s receber tr�s telefonemas do seu pr�prio n�mero. O ex-juiz acionou ent�o investigadores da PF. O �ltimo acesso de Moro ao aparelho foi registrado no WhatsApp �s 18h23 daquele dia. O suposto hacker teria tentado se passar pelo ministro no Telegram.


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