
Procurado pela reportagem para comentar a afirma��o de Moro, sobre a inten��o de destruir o material, o ministro Marco Aur�lio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que tal decis�o n�o poderia ser tomada pelo governo federal ou a Pol�cia Federal.
"Se houve a produ��o de prova, eu entendo que isso deve ser submetido a quem � de direito, ou seja, o Poder Judici�rio", declarou, por telefone, o magistrado, que est� no exterior. Marco Aur�lio acrescentou que a Justi�a deve ser informada sobre o que foi recolhido durante as buscas.
Na avalia��o do ministro, mesmo que algumas autoridades hackeadas tenham foro privilegiado, como o presidente Jair Bolsonaro, o caso, "a princ�pio, � jurisdi��o da primeira inst�ncia".
Lista de autoridades
Na lista de autoridades hackeadas, est�o ainda os presidentes da C�mara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM); a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge; e o presidente do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), Ot�vio Noronha.
Moro ligou para Noronha para informar sobre o hackeamento do Telegram. Mais tarde, a assessoria do STJ divulgou nota afirmando que "o ministro Moro informou, durante a liga��o, que o material obtido vai ser descartado para n�o devassar a intimidade de ningu�m. As investiga��es sobre o caso s�o de responsabilidade da Pol�cia Federal, a quem cabe responder sobre o caso".