O jornalista americano Glenn Greenwald rebateu neste s�bado, 27, declara��es de Jair Bolsonaro, dizendo que as falas do presidente eram "coment�rios perturbados". "Ao contr�rio dos desejos de Bolsonaro, ele n�o � (ainda) um ditador. Ele n�o tem o poder de ordenar pessoas presas. Ainda existem tribunais em funcionamento. Para prender algu�m, tem que apresentar provas para um tribunal que eles cometeram um crime. Essa evid�ncia n�o existe", publicou o jornalista no Twitter.
Mais cedo, Bolsonaro havia dito que o jornalista americano, um dos fundadores do site The Intercept Brasil, poderia parar na pris�o aqui no Brasil. "Ele n�o vai embora. O 'Green' pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, n�o vai pegar l� fora n�o", afirmou.
A declara��o do presidente foi feita durante evento na Vila Militar, em Deodoro, no Rio de Janeiro. O presidente comentava uma portaria publicada esta semana pelo ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, que permite a deporta��o "sum�ria" de estrangeiros considerados "perigosos". Bolsonaro, por�m, negou que a medida tenha liga��o com o jornalista americano, cujo site vem publicando supostos di�logos entre Sergio Moro e procuradores da Lava Jato em Curitiba.
Ado��o
Glenn Greenwald tamb�m criticou a fala de Bolsonaro sobre a ado��o de seus dois filhos. Segundo Greenwald, ele se casou com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ) h� 14 anos. "Sugerir que algu�m adotaria - e cuidaria de - dois filhos para manipular a lei � nojenta. O Brasil tem 47.000 crian�as em abrigos. A ado��o � linda e deve ser encorajada, n�o zombado", escreveu o jornalista. Bolsonaro sugeriu que o casal teria adotado os filhos para se proteger se supostas san��es.
Rep�dio
A Associa��o Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudiou os coment�rios de Bolsonaro. "Ao amea�ar de pris�o um jornalista que publica informa��es que o desagradam, o presidente Bolsonaro promove e instiga graves agress�es � liberdade de express�o. Sem jornalismo livre, as outras liberdades tamb�m morrer�o. Chega de persegui��o", publicou a entidade no Twitter.
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