A prefeita de Pedra Branca do Amapari (AP), cidade pr�xima � �rea demarcada, Beth Pelaes (MDB), afirmou ao Estad�o/Broadcast que o ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, confirmou que ir� acompanhar pessoalmente os desdobramentos da invas�o de garimpeiros em terras ind�genas da etnia Wai�pi, no Amap�. No in�cio da semana, um cacique da etnia Waj�pi foi encontrado morto com sinais de facada em meio ao conflito.
De acordo com Pelaes, o presidente Jair Bolsonaro, a ministra Damares Alves (Mulher, Fam�lia e Direitos Humanos) e a Secretaria Especial de Sa�de Ind�gena, Silvia Nobre Wai�pi, da mesma etnia dos ind�genas amea�ados, tamb�m podem visitar a regi�o esta semana. A prefeita ponderou que eles ainda n�o confirmaram a ida ao local.
"O ministro Moro confirmou. Estou aguardando a confirma��o do presidente Jair Bolsonaro, da ministra Damares e da secret�ria nacional de sa�de ind�gena, a Silvia. Provavelmente eles vir�o porque est�o prestando todo o apoio para a gente com rela��o � Pol�cia Federal, ao BOPE e ao Ex�rcito. Estou aguardando confirma��o ainda", disse a prefeita, que estava a caminho da regi�o invadida.
Procurada, a ministra Damares disse ao Estad�o/Broadcast que est� acompanhando a situa��o. "Estou falando direto com a prefeita. Estou acompanhando. Estou me colocando � disposi��o para ir at� a �rea (invadida)", afirmou a ministra. Procurada, a assessoria do Minist�rio da Justi�a n�o confirmou a ida de Sergio Moro ao local. A assessoria do Pal�cio do Planalto ainda n�o se manifestou.
Inqu�rito
Neste domingo, 28, a Pol�cia Federal abriu inqu�rito para investigar a invas�o de garimpeiros em uma aldeia ind�gena da etnia Waj�pi. A PF chegou ao local hoje com equipes do Batalh�o de Opera��es Policiais Especiais da Pol�cia Militar e da Funda��o Nacional do �ndio (Funai). A �rea fica no munic�pio de Pedra Branca do Amapari, 189 km da capital Macap�.
A invas�o dos garimpeiros teve in�cio h� cerca de cinco dias, mas o acompanhamento in loco das autoridades s� come�ou ap�s lideran�as ind�genas e moradores pedirem ajuda atrav�s de mensagens de celular, que repercutiram entre pol�ticos e artistas nas redes sociais. No in�cio da semana, o cacique Emyra Waj�pi foi encontrado morto com sinais de facadas.
De acordo com a equipe da Funai na regi�o, a invas�o come�ou na �ltima ter�a-feira, quando foi confirmada a morte do cacique. O grupo de cerca de 15 invasores est� armado e ocupou as imedia��es da aldeia Yvytot�. Os moradores da regi�o tiveram que se abrigar em outra aldeia vizinha, chamada Mariry. Tamb�m h� relatos de amea�as com arma de fogo contra outros moradores nos �ltimos dias.
"Com base nas informa��es coletadas pela equipe em campo, podemos concluir que a presen�a de invasores � real e que o clima de tens�o e exalta��o na regi�o � alto. Nesse caso, solicitamos articula��o da Presid�ncia da Funda��o Nacional do �ndio e da Diretoria de prote��o Territorial (DPT) junto ao Departamento de Pol�cia Federal (DPF) e/ou Ex�rcito Brasileiro, para planejamento e execu��o de a��o emergencial para apurar den�ncias tratadas neste processo", diz o memorando.
Apesar da mensagem da coordenadoria regional ter sido publicado ontem, a assessoria de imprensa da Funai na esfera federal divulgou uma nota no mesmo dia falando em "suposta invas�o". Questionada, a assessoria informou que, naquele momento, ainda n�o havia confirma��o da PF se realmente havia ocorrido uma invas�o.
"A Coordena��o Regional da Funda��o Nacional do �ndio no Amap� encaminhou para a presid�ncia do �rg�o nesse s�bado (27) memorando informando sobre um poss�vel ataque � Terra Ind�gena Wai�pi. Por se tratar de um local de dif�cil acesso, a Funai alertou os �rg�os de seguran�a da �rea para se certificar da veracidade das informa��es", diz nota da Funai.
"Neste domingo, ap�s a chegada de servidores da Funda��o, da Pol�cia Federal e do BOPE, foi aberto inqu�rito pela PF para apura��o da morte de um cacique que foi a �bito na semana passada. Servidores da Funai encontram-se no local e acompanham o trabalho da pol�cia. Assim que tivermos informa��es oficiais sobre o caso, atualizaremos", afirma outro trecho do texto divulgado pela Funai hoje.
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