O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que pretende legalizar o garimpo no Pa�s, o que inclui a libera��o da atividade em terras ind�genas. A declara��o ocorre ap�s ind�genas relatarem invas�o de garimpeiros em reserva da etnia Wai�pi, no Amap�.
O presidente tamb�m disse que n�o h� ind�cios fortes de que o cacique Emyra Waj�pi, encontrado morto na semana passada com sinais de facada, tenha sido assassinado.
"Usam o �ndio como massa de manobra, para demarcar cada vez mais terras, dizer que est�o sendo maltratados. Esse caso agora aqui... N�o tem nenhum ind�cio forte que esse �ndio foi assassinado l�. Chegaram v�rias possibilidades, a PF (Pol�cia Federal) est� l�, quem n�s pudemos mandar j� mandamos. Buscarei desvendar o caso e mostrar a verdade sobre isso a�", disse o presidente ao deixar o Pal�cio da Alvorada, nesta segunda-feira.
Bolsonaro questionou o fato de que as terras ind�genas demarcadas no Brasil ficam em �reas "riqu�ssimas". Ele tamb�m disse que Organiza��es N�o Governamentais (ONGs) estrangeiras s�o contra a explora��o de garimpo nessas propriedades porque querem que os �ndios continuem "presos num zool�gico animal" e querem "ter para si a soberania da Amaz�nia".
"Esses territ�rios que est�o nas m�os dos �ndios, mais de 90% nem sabem o que tem l� e mais cedo ou mais tarde v�o se transformar em outros pa�ses. Est� na cara que isso vai acontecer, a terra � riqu�ssima. Por que n�o legalizaram ind�gena em cima de terra pobre? N�o existe. H� um interesse enorme de outros pa�ses de ganhar, de ter para si a soberania da Amaz�nia", disse o presidente.
Ele falou, ainda, que �ndio n�o faz lobby e n�o tem dinheiro. Na sequ�ncia, indagou: "Qual poder eles t�m para demarcar uma terra deste tamanho? Poder de fora, ser� que n�o consegue enxergar isso? S�o milhares de ONG's na Amaz�nia", declarou. Bolsonaro citou como exemplo a terra ind�gena Yanomami, homologada pelo ex-presidente Fernando Collor.
A suposta invas�o de garimpeiros em terras ind�genas da etnia Wai�pi no Amap� e a morte de um cacique est�o sendo investigadas pela Pol�cia Federal e pelo Minist�rio P�blico Federal.
De acordo com a equipe da Funai na regi�o, a invas�o teria come�ado na �ltima ter�a-feira, 23, quando foi confirmada a morte do cacique, encontrado com sinais de facada dentro de um rio na regi�o. Segundo relatos, o grupo de cerca de 15 invasores estava armado e ocupou as imedia��es da aldeia Yvytot�. Os moradores da regi�o tiveram que se abrigar em outra aldeia vizinha, chamada Mariry. Tamb�m h� relatos de amea�as contra outros moradores nos �ltimos dias.