'Me ajudem a fazer da Ba�a de Angra uma Canc�n brasileira', diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse neste s�bado, 27, no Rio, que est� buscando parceiros de outros pa�ses para explorar as riquezas naturais brasileiras, e defendeu a aproxima��o com os Estados Unidos e a indica��o de seu filho Eduardo Bolsonaro, atualmente deputado federal pelo PSL de S�o Paulo, para ocupar o cargo de embaixador em territ�rio americano.

"Me ajudem a fazer da Ba�a de Angra uma Canc�n brasileira. S� que eu tenho que derrubar um decreto, acreditem, � por lei. Canc�n fatura uns US$ 12 bilh�es por ano. O que fatura a Ba�a de Angra? Fatura com o dinheiro que vem de cuscuz, de cocoroca e �gua de coco. E o Estado (RJ) e o governador (Wilson Witzel) com dificuldade", ironizou. "Vamos fazer da Ba�a de Angra uma Canc�n. Estou trabalhando nesse sentido. J� tem gente de fora do Brasil que a custo zero transforma isso talvez na primeira maravilha do Brasil", completou.

Questionado sobre as quest�es ambientais que envolvem a regi�o de Angra dos Reis, Bolsonaro respondeu que o assunto vai "preocupar os veganos que s� comem vegetais". Ele argumentou que quem quiser cometer um crime ambiental atualmente na ba�a de Angra poderia faz�-lo tranquilamente � noite, porque "n�o tem como fiscalizar".

Para Bolsonaro, o Brasil j� tem reservas naturais em excesso. Ele criticou as multas do Ibama a quem produz soja em reservas ind�genas.

"Pela primeira vez na historia do Brasil na nova rep�blica tem um presidente que tratou de igual todos os chefes de estado do G-20. O presidente da Fran�a, a senhora (Angela) Merkel, queriam que eu voltasse pra c� demarcando mais 30 reservas ind�genas, ampliando reservas ambientais. Isso � um crime", opinou.

Segundo ele, a extens�o da reserva ind�gena Ianom�mi tem o dobro do Estado do Rio de Janeiro, mas apenas 9 mil �ndios.

"Raros s�o os munic�pios que t�m menos de nove mil habitantes. � justo isso? Terra riqu�ssima. Se junta com a (reserva) Raposa Serra do Sol � um absurdo o que temos de reservas minerais ali. Estou procurando o primeiro mundo para explorar essas �reas em parceria e agregando valor. Por isso a minha aproxima��o com os Estados Unidos. Por isso eu quero uma pessoa de confian�a minha na embaixada dos Estados Unidos", disse o presidente, referindo-se ao pr�prio filho.

Bolsonaro voltou a falar que a divulga��o de dados sobre desmatamento � propaganda negativa e que "alguns" parecem gostar de fazer "campanha contra a sua p�tria".

"N�o estou acusando ningu�m, mas queria saber qual o amor que une essas pessoas com ONGs internacionais. N�o serei irrespons�vel de fazer uma campanha contra o meu Brasil", disse. "Esses dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, �rg�o atacado recentemente pelo governo por conta da divulga��o de dados mostrando aumento no desmatamento), semana que vem v�o ter uma surpresa...", disse o presidente, sem dar em detalhes sobre o que ser� divulgado na pr�xima quarta-feira.

Contato direto

Quanto � indica��o do filho Eduardo � embaixada brasileira nos Estados Unidos, Bolsonaro alegou que dessa maneira teria um contato direto com o presidente americano Donald Trump.

"Voc�s acham que eu botaria um filho meu no posto de destaque desse para pagar vexame? Eu quero um contato imediato, r�pido, com o presidente norte-americano. (Para evitar situa��es) Como a que eu tive dificuldade agora para tratar a quest�o do navio iraniano que est� aqui no Brasil", justificou.

O presidente disse ainda que as negocia��es sobre o abastecimento de navios iranianos retidos no Porto de Paranagu� desde junho por falta de combust�vel � um assunto "reservado".

Na entrevista a jornalistas, Bolsonaro disse que a Zona Franca de Manaus era importante para o governo, mas que a carga tribut�ria precisava diminuir tamb�m no restante do Pa�s. Ele criticou ainda alguns gastos p�blicos e engessamento da destina��o do or�amento.

"Realmente o Brasil n�o afundou porque entra muito dinheiro do povo trabalhador. O ralo da corrup��o � enorme", disse.