
O PT entrou nesta segunda-feira, 29, com um pedido de investiga��o contra o ministro da Justi�a, Sergio Moro, na Procuradoria da Rep�blica no Distrito Federal (MPF). A sigla defende que ele cometeu prevarica��o e abuso de autoridade no processo eleitoral do ano passado. Al�m disso, o partido vai fazer tamb�m uma representa��o ao Minist�rio P�blico Eleitoral.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, citou como base para os pedidos as supostas trocas de mensagens obtidas nas contas do aplicativo Telegram de integrantes da for�a-tarefa da Lava-Jato em Curitiba e, desde o in�cio de junho, divulgadas pelo site The Intercept Brasil e outros ve�culos de imprensa. Segundo o site, as conversas indicam conluio entre procuradores e o ent�o juiz do caso. Os alvos dos ataques negam irregularidades e afirmam n�o ser poss�vel confirmar a autenticidade dos di�logos.
"Quem foi prejudicado foi o povo brasileiro e a democracia brasileira", disse Gleisi, emendando uma cr�tica ao presidente Jair Bolsonaro: "Isso ajudou um homem que � louco (Bolsonaro), um louco com m�todo porque ele sabe o que quer atingir. Ele est� levando o Pa�s a uma crise sem precedente".
Na semana passada, quatro suspeitos de invadir celulares de autoridades dos tr�s Poderes, incluindo Bolsonaro, foram presos. Neste processo, Moro telefonou a algumas das v�timas para comunicar os ataques. Ele tamb�m sugeriu que as mensagens seriam destru�das por terem sido obtidas de forma ilegal.
Essas a��es do ministro est�o sendo questionadas pela oposi��o. Gleisi refor�ou que o partido quer convocar Moro ao Congresso para prestar esclarecimentos e que pode at� usar a CPI das Fakes News para fazer isso.
OAB
A presidente do PT criticou ainda a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.
Mais cedo, Bolsonaro disse que pode "contar a verdade" sobre como o pai de Santa Cruz desapareceu na ditadura militar. "Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como � que o pai dele desapareceu no per�odo militar, eu conto pra ele. Ele n�o vai querer ouvir a verdade", disse o presidente.
Gleisi classificou a declara��o de Bolsonaro como um caso de "banditismo na Presid�ncia da Rep�blica". "N�s avaliamos que ele � um criminoso confesso", afirmou a petista.
Fernando Augusto foi preso pelo governo em 1974 e nunca mais foi visto. Em 2012, no livro "Mem�rias de uma guerra suja", o ex-delegado do Dops Cl�udio Guerra revelou que o corpo dele foi incinerado no forno de uma usina de a��car. Ele era integrante do grupo A��o Popular (AP), organiza��o contr�ria ao regime militar.