
A Pol�cia Federal pediu ao juiz Ricardo Leite, da 10.ª Vara Federal de Bras�lia, decreta��o da pris�o preventiva do grupo sob suspeita de hacker os celulares do ministro S�rgio Moro (Justi�a e Seguran�a P�blica), do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da for�a-tarefa do Minist�rio P�blico Federal na Opera��o Lava-Jato no Paran�, e de mil autoridades dos tr�s Poderes. A Procuradoria da Rep�blica em Bras�lia ainda vai se manifestar.
Os investigadores defendem a manuten��o da cust�dia de Walter Delgatti Neto, o "Vermelho", Gustavo Henrique Santos, o "DJ Guga", sua companheira Su�len Priscila Oliveira e Danilo Cristiano Marques.
O grupo, que a PF define como "quadrilha", foi preso em regime tempor�rio na ter�a-feira, 23, por ordem do juiz Wallisney. Na sexta-feira, 26, o magistrado prorrogou por mais cinco dias a tempor�ria dos quatro investigados.
O prazo da pris�o imposta ao grupo termina nesta quinta-feira, 1, � meia noite. O juiz federal pode converter o regime de reclus�o em preventiva, quando n�o tem data para encerrar. Ou pode soltar os investigados.
A PF busca identificar pagamentos ao grupo, supostamente liderado por "Vermelho". Na resid�ncia do "DJ Guga", os federais apreenderam R$ 99 mil em dinheiro vivo. Os federais rastreiam movimenta��es banc�rias e em criptomoedas dos investigados.
"Vermelho" confessou � Pol�cia Federal que hackeou Moro e Deltan e centenas de procuradores, ju�zes e delegados federais, al�m de jornalistas. Ele acumula processos por estelionato, falsifica��o de documentos e furto.
Desde junho, Moro � alvo de divulga��o de di�logos a ele atribu�dos com o procurador, pelo site The Intercept. O site afirmou que recebeu de fonte an�nima o material, mas n�o revelou a origem.
O hacker disse que chegou ao site via Manuela D'�vila, ex-deputada (PCdoB/RS), que foi candidata a vice do petista Fernando Haddad na campanha presidencial em 2018.
Quando seu nome foi citado na Opera��o Spoofing, Manuela esclareceu que no dia 12 de maio foi comunicada pelo aplicativo Telegram que, naquele mesmo dia, seu dispositivo havia sido invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos.
"Minutos depois, pelo mesmo aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se identificou como algu�m inserido na minha lista de contatos para, a seguir, afirmar que n�o era quem eu supunha que fosse, mas que era algu�m que tinha obtido provas de graves atos il�citos praticados por autoridades brasileiras. Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar o material por ele coletado para o bem do pa�s, sem falar ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza."
"Pela invas�o do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus advers�rios pol�ticos. Por isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir mat�rias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald", destacou Manuela.
Ela disse que "desconhece" a identidade de quem invadiu seu celular. "Desde j�, me coloco a inteira disposi��o para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apura��o. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das c�pias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram � Pol�cia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou � disposi��o para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular � exame pericial", ressaltou a ex-deputada.