
O presidente da Rep�blica, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, que avalia fazer uma consulta p�blica sobre a libera��o de minera��o em terras ind�genas antes de enviar ao Congresso um projeto de lei sobre o tema. O objetivo � ouvir as cr�ticas antes do in�cio da tramita��o da proposta.
"O que tenho vontade de fazer, antes de apresentar um projeto pol�mico, � publicar o anteprojeto de lei, para ter cr�ticas", disse ele, ao sair do Pal�cio da Alvorada no per�odo da manh�.
O secret�rio de Geologia, Minera��o e Transforma��o Mineral do Minist�rio de Minas e Energia, Alexandre Vidigal, afirmou que a proposta ainda est� sendo escrita pelo governo e deve ser enviada ao Legislativo em agosto ou setembro.
"Temos que resolver esse assunto. N�o d� para continuar assim. Temos, por exemplo, que explorar pot�ssio na foz do Rio Madeira (Amap�). Importamos quase 100% do pot�ssio da R�ssia. Temos problemas l� com reservas ind�genas. O �ndio deve ser, de fato, dono de sua terra. Explorar, garimpar, se quiser, com lei, plantar, arrendar, explorar turismo. J� tem aldeia ind�gena a� onde o pessoal pode ficar numa boa explorando turismo em sua �rea, mostrando a sua tradi��o, sua cultura, as maravilhas naturais", disse Bolsonaro.
O presidente contestou a pesquisa do Datafolha, divulgada nesta sexta-feira, que aponta que 86% da popula��o n�o apoia a atividade de minera��o em terras ind�genas. Para ele, isso se deve a uma imagem distorcida do que � atividade. "Acredito que pode ser um n�mero compat�vel. Quando se fala em garimpo, vem a imagem do cara com jato d'�gua, desbarrancando tudo. De vez em quando, vem com escafandro no fundo do rio. N�o � assim. Esse garimpo � industrial, geralmente."
Para Bolsonaro, se n�o houver a regulariza��o do garimpo no Pa�s, as pessoas continuar�o explorando ilegalmente. "O garimpeiro vive disso. S�o seres humanos. Se voc� n�o regulamentar ou legalizar, eles v�o continuar fazendo isso. Algumas vezes de forma inadequada. Queremos dar dignidade ao garimpeiro, evitar o uso de merc�rio e fazer explora��o sustent�vel", disse.