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Estado de Minas POL�TICA

Um hacker no caminho pol�tico de Manuela D'�vila


postado em 04/08/2019 08:58

Ap�s a revela��o, no fim de julho, de que a ex-deputada Manuela D��vila (RS) foi a ponte entre o hacker que violou telefones de centenas de pessoas, entre elas autoridades dos tr�s Poderes, e o site The Intercept Brasil, a dire��o do PCdoB interrompeu, pelo menos temporariamente, a estrat�gia pensada para ela - aproveitar a grande exposi��o obtida pela candidatura � Vice-Presid�ncia na elei��o do ano passado para consolid�-la como um nome forte do partido para 2020. O epis�dio, no entanto, obrigou a ex-deputada a se recolher.

Na �ltima semana, Manuela parou de dar entrevistas e de interagir nas redes sociais - territ�rio que dominava com desenvoltura - e se imp�s uma esp�cie de autoex�lio na Esc�cia, onde faz curso de ingl�s, ao lado do marido e da filha. Seus advogados, Jos� Eduardo Cardozo, ex-ministro da Justi�a, e Alberto Toron, tamb�m t�m fugido dos microfones.

A ideia � evitar que a ex-deputada vire protagonista do caso conhecido como "Vaza Jato" e que seu papel fique circunscrito ao que foi divulgado at� agora: o de apenas intermedi�ria entre o hacker Walter Delgatti Neto, o Vermelho, e o jornalista Glenn Greenwald.

No entorno de Manuela a ordem � proteg�-la de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que tentam usar o epis�dio para transform�-la no v�nculo entre o hacker e o PT de Fernando Haddad, de quem ela foi candidata a vice na elei��o presidencial do ano passado.

Depois da elei��o, a �nica miss�o partid�ria de Manuela foi se manter em evid�ncia por meio de uma agenda que misturava feminismo, maternidade e combate �s fake news - assunto que ganhou destaque na �ltima disputa presidencial.

Prefeitura. No in�cio do ano, o PCdoB chegou a cogitar que ela transferisse o t�tulo eleitoral para S�o Paulo a fim de se lan�ar candidata � Prefeitura da maior cidade do Brasil, onde ganharia ainda mais visibilidade e a possibilidade de marcar diferen�as em rela��o ao PT. Mas Manuela rejeitou de pronto a ideia e se mant�m como pr�-candidata � prefeitura de Porto Alegre, onde lidera as pesquisas de opini�o.

Manuela est� sem ocupar um cargo p�blico pela primeira vez desde 2005, quando ganhou a sua primeira elei��o como vereadora de Porto Alegre. Depois disso foi deputada federal por dois mandatos e deputada estadual pelo Rio Grande do Sul na legislatura que se encerrou no fim do ano passado.

Ap�s a derrota no segundo turno, ela anunciou que estava abrindo uma loja de camisetas com frases pol�ticas muito difundidas durante a elei��o. Manuela disse que a ideia era que a venda financiasse seu novo instituto, o "E Se Fosse Voc�" - criado, segundo ela, para combater fake news e "redes de �dio".

Essa foi a forma encontrada por Manuela para cumprir a tarefa partid�ria de se manter em evid�ncia enquanto o PCdoB articula seu futuro pol�tico. Al�m da ONG, a ex-deputada tamb�m viajou pelo Brasil para lan�ar o seu primeiro livro, intitulado Revolu��o Laura, com hist�rias e reflex�es sobre suas experi�ncias desde a chegada da filha, hoje com 4 anos. No segundo semestre, ela planeja lan�ar seu segundo livro, ainda sem t�tulo, sobre feminismo.

Retorno. Segundo pessoas pr�ximas � ex-deputada, o autoex�lio tem prazo para terminar. Manuela deve voltar ao Brasil antes da reuni�o do comit� central do PCdoB marcada para o dia 16, que deve ser transformada em um ato de desagravo e solidariedade � ex-deputada.

�s poucas pessoas com quem teve contato, ela tem demonstrado tranquilidade e confian�a de que n�o cometeu crime algum. Formalmente ela n�o � investigada. Na semana que vem seus advogados v�o entregar � Pol�cia Federal as mensagens que ela trocou com Vermelho no dia 12 de maio, quando o hacker invadiu seu celular.

Amigos dizem que ela pensou que a abordagem era uma armadilha preparada por advers�rios, at� que Vermelho come�ou a enviar conte�dos das mensagens hackeadas. Mesmo assim, afirmaram, Manuela agiu com precau��o e tentou se desvencilhar, indicando um jornalista de sua confian�a.

Manuela j� entregou � PF comprovantes das reservas de passagens e estadia na Esc�cia feitas bem antes do contato com Vermelho como provas de que n�o est� fugindo do Brasil. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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