
O presidente da OAB classificou a iniciativa como “persegui��o pol�tica” e informou que vai ingressar com uma a��o de repara��o de danos contra a Petrobras.
Se confirmado, o rompimento do contrato ocorre oito dias depois que o presidente Jair Bolsonaro iniciou ofensiva contra Santa Cruz. Em 29 de julho, o presidente criticou a OAB por sua atua��o no inqu�rito envolvendo Ad�lio Bispo de Oliveira, que esfaqueou o ent�o candidato do PSL em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral.
Ap�s reclamar da institui��o, Bolsonaro atacou Santa Cruz, cujo pai era militante pol�tico e desapareceu em 1974, quando o atual presidente da OAB tinha um ano e dez meses de idade. “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como � que o pai dele desapareceu no per�odo militar, eu conto para ele. Ele n�o vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”, disse Bolsonaro.
Naquele mesmo dia, durante uma transmiss�o pela internet enquanto cortava o cabelo, Bolsonaro voltou ao tema e acusou a pr�pria organiza��o da qual o pai do presidente fazia parte de ter matado o militante.
No entanto, a Comiss�o Nacional da Verdade, grupo criado pelo governo federal, apurou que Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira sumiu em 1974 e foi “preso e morto por agentes do Estado brasileiro”.
Segundo a comiss�o, Santa Cruz “permanece desaparecido, sem que os seus restos mortais tenham sido entregues � sua fam�lia”. O reconhecimento dessa situa��o foi oficializado por meio de retifica��o do atestado de �bito, realizada pela Comiss�o Especial sobre Mortos e Desaparecidos Pol�ticos, tamb�m vinculada ao governo federal, apenas cinco dias antes de Bolsonaro se referir ao caso.
Felipe Santa Cruz classificou os coment�rios de Bolsonaro como “cru�is” e recorreu ao Supremo Tribunal Federal para pedir esclarecimentos por parte do presidente, que tem prazo de duas semanas para explicar suas afirma��es.
O escrit�rio de Santa Cruz prestava servi�os � Petrobras na �rea do Direito Trabalhista e, no ano passado, obteve uma decis�o favor�vel do Tribunal Superior do Trabalho evitando o pagamento de estimados R$ 5 bilh�es em horas extras atrasadas a funcion�rios embarcados nas plataformas de petr�leo da estatal.