
Um grupo contratado por auditores fiscais protesta nesta sexta-feira, 9, em frente ao Minist�rio da Fazenda, no Rio, para chamar a aten��o do ministro da Economia, Paulo Guedes, que toda sexta-feira despacha no pr�dio, localizado no centro da cidade.
A categoria se diz preocupada com uma decis�o tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 1º de agosto, que suspendeu investiga��es que estava sendo feitas com 133 pessoas consideradas politicamente expostas (senadores, deputados, presidente de Banco Central, entre outros) .
De acordo com Cleber Magalh�es, vice-presidente da Delegacia Sindical do Sindifisco Nacional, sindicato dos fiscais da Receita Federal, a decis�o preocupa a categoria, principalmente depois que o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) solicitou dados das pessoas investigadas e tamb�m dos auditores que fiscalizaram essas pessoas.
"Isso ao nosso ver vai de encontro � lei, porque eu n�o posso expor o sigilo de outras pessoas para que quer seja, eu n�o posso expor principalmente para �rg�os que n�o tem essas prerrogativa, a n�o ser por ordem judicial", explicou o auditor. "Qual a seguran�a jur�dica que eu tenho para fazer o meu trabalho? Eu posso sofrer uma a��o contra mim", questiona.
Segundo ele, pessoas politicamente expostas englobam agentes pol�ticos que tem mais facilidade e controle da coisa p�blica, e o que a sociedade quer � que essas pessoas tenham uma conduta exemplar. Para isso, a Receita Federal passou a se valer das melhores pr�ticas internacionais e acompanha movimenta��es financeiras consideradas at�picas.
"Voc� pega crit�rios objetivos para selecionar essas pessoas, patrim�nio muito alto, pessoa que recebeu lucro e dividendos muito altos", disse Magalh�es.
Ele conta que a decis�o do STF saiu ap�s a Receita selecionar para investiga��o uma lista de 133 pessoas que apresentaram algumas dessas caracter�sticas, mas que teve que ser suspensa.
O protesto conta com seis faixas e 12 pessoas contratadas pelo Sindifisco, que pretendem passar o dia em frente ao minist�rio para tentar sensibilizar o ministro, disse o auditor, que justifica a "terceiriza��o do protesto" pelo fato deles ainda n�o terem decidido por uma greve.
"Como estamos trabalhando, esse foi o jeito de mostrar nossa preocupa��o", explicou Magalh�es.