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Estado de Minas

Eduardo Bolsonaro se aproxima da embaixada com nova proposta de PEC

A partir do n�mero de assinaturas favor�veis a uma PEC sobre mudan�as nas regras de nepotismo, � poss�vel medir o favoritismo do deputado


postado em 11/08/2019 09:51 / atualizado em 11/08/2019 10:07

Eduardo: o pai quer, e o Senado deve chancelar o nome do atual deputado para a chefia da missão diplomática nos EUA (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Eduardo: o pai quer, e o Senado deve chancelar o nome do atual deputado para a chefia da miss�o diplom�tica nos EUA (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
O progn�stico otimista do governo na indica��o do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador do Brasil nos Estados Unidos deve ser confirmado no Senado — respons�vel por endossar a decis�o do Planalto. Com base em uma Proposta de Emenda � Constitui��o (PEC) que esbarra neste tema, o Correio Braziliense fez um levantamento que serve como term�metro para os votos sobre a indica��o de Eduardo ao cargo no plen�rio da Casa. A expectativa � de que a vota��o ocorra entre segunda e ter�a-feira.
Para que o deputado se torne embaixador, ele precisa do apoio de 41 dos 81 senadores em exerc�cio. A PEC n° 120/2019, que altera os artigos 37 e 87 da Constitui��o disciplinando o nepotismo na Administra��o P�blica, tem a assinatura de 38. A pe�a est� dispon�vel no site do Senado.

Exclu�dos os apoiadores do projeto e um dissidente (que, primeiro, concordou com a PEC; depois, mudou de opini�o), sobram 42 votos. O n�mero � mais que o suficiente para que o filho 03 do presidente seja empurrado para o cargo de embaixador do Brasil em Washington, nos Estados Unidos, um dos mais cobi�ados da carreira diplom�tica internacional.

A autoriza��o para Eduardo assumir a embaixada n�o passa pela C�mara. Ainda assim, dois projetos que tramitam na Casa s�o recados diretos ao filho do presidente. De autoria do Cidadania, um Projeto de Lei e uma PEC pedem que pessoas alheias ao servi�o exterior n�o possam ser indicadas como chefes de miss�o no exterior — ou seja, embaixadores. O texto � assinado por Marcelo Calero (RJ). Diplomata licenciado, declarou, em plen�rio que “a indica��o de Eduardo � um desprest�gio � carreira”.

Na �ltima quinta-feira, o pedido de agr�ement — o sinal verde do pa�s que receber� o novo embaixador — do Brasil foi acatado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ap�s reuni�o com o chanceler Ernesto Ara�jo, do Minist�rio das Rela��es Exteriores (MRE), Eduardo disse que o “sim” de Trump � “motivo de muito orgulho”.

A indica��o de Eduardo causou pol�mica at� entre os eleitores de Bolsonaro. O presidente disse que, havendo a possibilidade de ajudar os filhos, n�o deixaria de faz�-lo — uma das tentativas para justificar a decis�o de indicar o 03 para a embaixada americana.

Com Eduardo no posto, Jair Bolsonaro espera que o relacionamento entre o Brasil e os Estados Unidos seja tratado com “maior defer�ncia”. Chegou-se a aventar a possibilidade que o filho mais novo de Trump, Eric Trump, viesse para o Brasil ocupar um cargo semelhante. A informa��o foi negada dias depois pelos representantes das Organiza��es Trump.

Na cerim�nia de 200 dias de governo, Jair Bolsonaro defendeu o nome do filho para a embaixada afirmando que “o Eduardo e a fam�lia Trump t�m �timo relacionamento”. Presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores da C�mara, Eduardo demonstra interesse em assuntos de estado no exterior desde que o pai assumiu o Planalto, em janeiro. Contudo, uma das barreiras para que ele se tornasse embaixador era a idade. Eduardo completou 35 anos em 10 de julho e, na mesma semana, recebeu a chancela do pai para o cargo.

Desde abril, quando o chanceler Ernesto Ara�jo removeu o diplomata S�rgio Amaral do posto, Washington n�o tem embaixador formal que represente o Brasil. O diplomata Nestor Foster era considerado o favorito para substitu�-lo at� o presidente da Rep�blica decidir indicar o pr�prio filho. O Correio antecipou que, internamente, Foster � tratado como “quem vai arrega�ar as mangas” e comandar a embaixada seguindo o protocolo da carreira. Eduardo seria al�ado � posi��o de “rosto”, “a face pol�tica” do cargo.

A partir de agora, Ernesto Ara�jo e a equipe t�cnica do Itamaraty devem formalizar, a qualquer momento, a mensagem que ser� encaminhada ao Senado pedindo o endosso da decis�o. O texto precisa da assinatura do presidente. “Sim”, antecipou Jair Bolsonaro, ap�s reuni�o sobre o tema. � a primeira vez que o filho de um presidente da Rep�blica em exerc�cio � indicado (pelo pr�prio pai) ao cargo de embaixador brasileiro. Sobre a indica��o de Eduardo para a embaixada dos EUA, Onyx Lorenzoni afirmou que vai trabalhar para que o Brasil tenha o “melhor embaixador dos �ltimos anos”. “Estamos conversando com os senadores para construir esse entendimento, essa alian�a”, pontuou.


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