
Toffoli afirmou que, durante os �ltimos anos, qualquer rea��o de algum poder em rela��o � opera��o foi percebida erroneamente como uma tentativa de acabar com a Lava-Jato. "N�o se pode permitir na Rep�blica que algo se aproprie das institui��es. (...) Temos que dizer isso abertamente. A opera��o Lava-Jato � fruto da institucionalidade, n�o � uma institui��o", disse, completando: "Um pa�s n�o se faz de her�is, se faz de projetos".
Ele criticou a tentativa de cria��o de um fundo de R$ 2,5 bilh�es voltado para a opera��o. E elogiou, por outro lado, a sugest�o de inclus�o do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no Banco Central, tirando o �rg�o da disputa entre Minist�rios da Justi�a e da Economia.
Judicializa��o
Toffoli criticou ainda a excessiva judicializa��o de temas que n�o deveriam estar no Judici�rio. Segundo ele, houve um erro quando, no passado, muitos "desejos e direitos" terem sido inclu�dos na Constitui��o, o que faz com que o Supremo seja acionado recorrentemente. Segundo ele, quando o Judici�rio tem que fazer o papel de outras institui��es, "h� um fracasso das outras inst�ncias da sociedade".
"Tudo vai parar no Judici�rio porque tudo est� na Constitui��o. E voc� tem atores que est�o legitimados a procurar o Judici�rio. Eu gostaria de julgar o aborto no STF? Isso n�o � um problema do Judici�rio, mas vai parar l�. Se tudo vai parar no Judici�rio, � um fracasso das outras inst�ncias da sociedade. Temos que resgatar as inst�ncias", disse.
Em meio a uma s�rie de pautas que podem amea�ar os cofres p�blicos em discuss�o na Corte - entre elas a discuss�o dos precat�rios dos Estados, conforme mostrou hoje o Estad�o -, Toffoli afirmou que n�o ser� o STF a determinar o futuro da economia. E foi taxativo: "Quem cuida do futuro � o legislador, executivo cuida do dia-a-dia. O Judici�rio cuida do passado, julga coisas que j� aconteceram", disse, completando: "Meu objetivo na presid�ncia do STF � fazer com que Judici�rio volte a cuidar do passado".
