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Estado de Minas

Damares cancela Memorial da Anistia em BH:'N�o temos dinheiro para isso'

A ministra visitou o espa�o acompanhada da c�pula da UFMG. Mais cedo, tomou caf� com o governador Romeu Zema (Novo)


postado em 13/08/2019 12:14 / atualizado em 13/08/2019 14:22

As obras que começaram em 2009 estão paradas até hoje(foto: Paulo Filgueiras / EM / D.A. Press)
As obras que come�aram em 2009 est�o paradas at� hoje (foto: Paulo Filgueiras / EM / D.A. Press)

Com o projeto iniciado em 2009, que custou milh�es aos cofres p�blicos e at� agora n�o saiu do papel, o pr�dio da UFMG no Bairro Santo Ant�nio n�o vai mais abrigar um Memorial da Anistia em Belo Horizonte. A informa��o foi dada na manh� desta ter�a-feira (13) pela ministra da Mulher, Fam�lia e Direitos Humanos, Damares Alves, ao visitar o canteiro de obras abandonado.

De acordo com ela, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) n�o tem dinheiro para este fim. “Podemos encontrar um outro destino para esse pr�dio, mas, o memorial, n�o temos recursos para isso”, disse.

Na v�spera da visita ao ex-futuro memorial da anistia, a ministra Damares escreveu no Twitter que veria o que dava para fazer com o assunto e que j� foram gastos R$ 28 milh�es na obra, que inicialmente tinha um or�amento previsto de R$ 5 milh�es. Durante a visita, os integrantes da c�pula da UFMG contestaram e disseram que se gastou R$ 12 milh�es at� ent�o. A expectativa era que o local ficasse pronto em 2016.

Damares disse ter grande respeito aos anistiados e que a hist�ria est� preservada em acervo sob os cuidados da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “A gente vai depois decidir o que fazer com a mem�ria, com o acervo a museografia, o material, os livros, a� � uma outra situa��o. Mas o pr�dio n�o temos condi��o de entregar para a sociedade, n�o temos dinheiro mais para isso”, afirmou.

Visita guiada


A ministra visitou toda a estrutura do pr�dio acompanhada pela c�pula da universidade e, no percurso, foi informada de que faltariam cerca de R$ 3 milh�es para a restaura��o do pr�dio e mais R$ 8 milh�es para colocar o memorial para funcionar.  De acordo com ela, no entanto, os recursos que forem conseguidos servir�o para equipar e dar melhor estrutura � Comiss�o de Anistia do governo federal para responder mais r�pido a pedidos dos interessados.


Damares disse que vai dialogar com os anistiados e explicar a situa��o e que um memorial n�o � a resposta que eles esperam do seu minist�rio. “Isso aqui n�o � a resposta que os anistiados querem, � uma resposta para a hist�ria, para a mem�ria, mas ela est� preservada”, disse.

Ao lado da reitora da UFMG Sandra Goulart, a ministra Damares disse que o fim do memorial, que nem chegou a ser feito, n�o � culpa do governo atual. “N�o fomos n�s que demos causa a este problema”, disse.

Ustra e 'extraordin�rio presidente'


Damaris isentou sua gest�o tamb�m da culpa pela negativa de 1,2 mil requerimentos de anistia, desde o in�cio do governo Bolsonaro. Ela disse que coube � atual administra��o somente “rever” os processos e publicar.

A ministra disse ter uma fila de mais de 7 mil pedidos para analisar, entre os quais h� um feito em 2001. Ainda segundo ela, idosos morreram abandonados e sem dinheiro sem que as solicita��es fossem analisadas. “A comiss�o vai focar em dar resposta a essas pessoas”, afirmou.

Damares n�o quis polemizar com o chefe, quando questionada sobre a declara��o recente do presidente Jair Bolsonaro, que chamou o torturador da ditadura militar Brilhante Ustra de "her�i nacional". A declara��o causou rep�dio de v�rias entidades ligadas aos direitos humanos.

"N�o vou falar sobre as declara��es do meu extraordin�rio presidente. Estou preocupada com isso aqui, com dinheiro dos anistiados", disse.

 
Mais cedo, Damares fez uma visita de cortesia ao governador Romeu Zema (Novo), com quem tomou um caf�."Falamos sobre o centro de atendimento �s presidi�rias m�es de beb�s, fui visitar, estive com as m�es e conversamos sobre a continuidade do programa", disse.

 

Obras sob investiga��o

A constru��o est� sob investiga��o da Pol�cia Federal, que apura um suposto desvio de recursos no empreendimento. Em 2017 foi feita uma opera��o e reitores da UFMG foram alvo de condu��es coercitivas para explicar o atraso na obra. Questionada sobre o assunto, a reitora Sandra Goulart disse que a UFMG est� “� disposi��o para prestar quaisquer esclarecimentos”.

Sobre a declara��o de Damares, de que o pr�dio n�o vai abrigar mais um Memorial da Anistia e que ainda ser� decidido o destino do local, a ministra afirmou que vai aguardar a defini��o do Minist�rio dos Direitos Humanos e que cabe � UFMG somente executar o que for estabelecido.


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