
O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, decidiu liberar para julgamento uma a��o penal aberta contra o deputado federal An�bal Gomes (DEM-CE) no �mbito da Opera��o Lava-Jato. O caso havia sido encaminhado em agosto do ano passado ao gabinete de Celso, que � o ministro-revisor da Lava-Jato na Segunda Turma.
"Na qualidade de revisor, e nos termos do art. 25, inciso III, do RISTF (Regimento Interno do STF), pe�o dia para julgamento final da presente causa penal", escreveu Celso. Ainda n�o h� data marcada para a an�lise do caso de An�bal pelo colegiado. Na ocasi�o, a Segunda Turma decidir� se absolve ou se condena An�bal.
Procurado pela reportagem, o parlamentar disse esperar que o julgamento seja marcado rapidamente. "Eu tenho a consci�ncia da minha inoc�ncia, de que nada fiz. � bom que julgue logo", afirmou.
At� hoje, o �nico pol�tico condenado pelo Supremo na Lava-Jato � o ex-deputado federal Nelson Meurer (PP-PR), sentenciado a 13 anos, 9 meses e 10 dias de pris�o por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. Meurer segue em liberdade. Ainda est� pendente de an�lise um recurso do ex-parlamentar para se livrar da cadeia.
Em dezembro de 2016, por unanimidade, a Segunda Turma do STF decidiu receber a den�ncia apresentada pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra An�bal pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.
Conforme a den�ncia da PGR, An�bal Gomes � acusado de prometer pagamento de propina de R$ 800 mil ao ent�o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para permitir e facilitar as negocia��es entre a estatal e empresas de praticagem da Baixada Santista e de S�o Sebasti�o (SP) na Zona de Portu�ria 16.
Ritmo
Em junho deste ano, o Estad�o mostrou que a Opera��o Lava Jato caminha a passos lentos no Supremo Tribunal Federal. Um balan�o divulgado na �poca pelo relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, aponta que a investiga��o que apura desvios bilion�rios na Petrobras n�o teve avan�os significativos nos �ltimos seis meses.
De dezembro de 2018 at� agora, a Procuradoria-Geral da Rep�blica apresentou apenas uma nova den�ncia no STF no �mbito da opera��o, nenhum acordo de colabora��o premiada foi homologado e nenhum pol�tico foi condenado na opera��o.