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Estado de Minas POL�TICA

PF contraria Bolsonaro e diz que troca de chefia no Rio n�o � por desempenho


postado em 15/08/2019 18:58

A Pol�cia Federal afirmou, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira, 15, que a sa�da do delegado Ricardo Saadi da Superintend�ncia do �rg�o no Estado do Rio de Janeiro n�o tem qualquer rela��o com desempenho. A afirma��o contraria declara��o do presidente Jair Bolsonaro, que pela manh� apontou a "produtividade" como raz�o de substitui��o.

A escolha do novo superintendente do Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira Sousa, antecipada pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi confirmada pela Pol�cia Federal. Carlos Henrique chefiava a unidade no Estado de Pernambuco.

Conforme o Estado publicou mais cedo, a Pol�cia Federal afirmou na nota que a mudan�a j� vinha sendo planejada h� alguns meses e o motivo principal � o desejo do superintendente atual de vir a Bras�lia, al�m de ser uma troca normal no cen�rio de um novo governo que assumiu. N�o foi informado oficialmente que cargo ele ocuparia na capital federal.

A defini��o dos superintendentes regionais � de responsabilidade apenas do diretor-geral da Pol�cia Federal, Maur�cio Valeixo. O �rg�o � vinculado ao Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, chefiado por Sergio Moro.

O fato de o presidente ter anunciado a exonera��o de Ricardo Saadi foi bastante criticado internamente na Pol�cia Federal.

Em "nota de rep�dio", o Sindicato dos Delegados de Pol�cia Federal em S�o Paulo - Estado onde Saadi atuou por v�rios anos, antes de assumir a dire��o do Departamento de Recupera��o de Ativos no Minist�rio da Justi�a - assinalou que "a escolha de superintendentes compete ao Diretor-Geral da Pol�cia Federal e a fala do presidente, mais que desrespeitosa, atenta contra a autonomia da Pol�cia Federal".

"A Pol�cia Federal � uma institui��o de Estado e deve ter autonomia para se manter independente e livre de quaisquer inger�ncias pol�ticas", diz o texto.

Na c�pula do �rg�o, a afirma��o de Jair Bolsonaro de baixa produtividade da superintend�ncia do Rio de Janeiro n�o encontra respaldo. O trabalho de Ricardo Saadi � muito bem avaliado e n�o h� quem admita insufici�ncia de resultados.

A iniciativa para a sa�da do Rio de Janeiro, segundo pessoas que acompanharam o processo, teria vindo do pr�prio superintendente e vem sendo negociada desde o in�cio do ano.

Carlos Henrique Oliveira Sousa havia sido rec�m-empossado superintendente da Pol�cia Federal em Pernambuco, em maio. Antes, ele j� foi o n�mero 2 da PF no Rio de Janeiro, abaixo do pr�prio Ricardo Saadi.

O presidente Bolsonaro antecipou a informa��o da sa�da de Saadi � imprensa na manh� desta quinta-feira enquanto respondia a uma pergunta sobre modifica��es na Receita Federal.

"Todos os minist�rios s�o pass�veis de mudan�a. Eu vou mudar, por exemplo, o superintendente da Pol�cia Federal no Rio de Janeiro. Motivo: � quest�o de produtividade", afirmou o presidente.

Ao ser perguntado se h� problemas na superintend�ncia, Bolsonaro respondeu que tem problemas "em todas as �reas" no Brasil. "Eu n�o quero esperar acontecer o problema para encontrar uma solu��o", declarou. "Nome (de substituto) eu ainda n�o tenho. N�o vou entrar em detalhes. � sentimento. Eu tenho que aprofundar, eu tenho que resolver os problemas do Brasil todo."

O presidente afirmou ainda que, em rela��o a qualquer cargo na administra��o, "se tiver que mudar, a gente muda". "O �nico que levou facada e ralou quatro anos para chegar aqui fui eu. Ponto final. O povo confiou em mim o destino da na��o. Eu tenho que decidir."

Sob o comando de Saadi, a PF do Rio de Janeiro avan�a em frentes de investiga��o de diversas opera��es que levaram, por exemplo, � pris�o do ex-presidente Michel Temer, do empres�rio Eike Batista, e de um dos maiores doleiros do Pa�s, Dario Messer.

Em um dos casos de maior repercuss�o no Estado do Rio de Janeiro, a PF tem atuado na opera��o Furna da On�a e desdobramento, que j� levou � pris�o diversos deputados estaduais.

A Furna da On�a apura, entre outros fatos, a chamada 'rachadinha' entre servidores e deputados na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A opera��o n�o inclui, no entanto, as movimenta��es at�picas de R$ 1,2 milh�o do ex-policial militar Fabr�cio Queiroz, ex-assessor do senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ), detectadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) em um relat�rio revelado pelo Estado.

A apura��o era conduzida pelo Minist�rio P�blico Estadual, com aux�lio da Pol�cia Civil estadual, e est� suspensa por decis�o do presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli.


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