
"Bolsonaro quer fazer as coisas do jeito dele, ouve muito pouco aqueles que querem se posicionar. E a gente tem que procurar um di�logo, ele n�o est� aberto a isso, ele est� aberto s� para determinadas pessoas que ele acha que fazem parte do mundo dele", afirmou, citando que o presidente ouve o filho Carlos Bolsonaro, vereador no Rio, o fil�sofo Olavo de Carvalho e o assessor especial da Presid�ncia para Assuntos Internacionais, Filipe Martins.
Segundo ele, o comportamento de apoiadores do presidente nas redes sociais configuraria uma "ditadura". "Voc� n�o pode falar nada, n�o pode criticar, n�o pode opinar, que voc� � expulso. Haja vista o que passou o Santos Cruz, o (Gustavo) Bebianno (ministros demitidos). Todo mundo que esbarra em alguma coisa, que cria uma diverg�ncia, que d� uma opini�o contr�ria, se torna a ovelha negra. N�o pode falar nada. Eu acho isso uma ditadura bolsonariana, n�o existe di�logo, n�o existe uma democracia ali".
Questionado se n�o foi poss�vel perceber isso durante a campanha, Frota negou e disse que o presidente mudou. "� uma outra pessoa. Era aberto, comunicativo. Vejo ele tomando atitudes e interferindo no Coaf, na Receita, na PF. Se algo n�o o agrada, ele muda", afirmou. "Pelo menos comigo e com algumas pessoas que voc� conversa, elas t�m esse mesmo entendimento da maneira como ele se comporta, com determinadas a��es, coisas combinadas que se perderam no meio do caminho", afirmou.
Expuls�o do PSL e filia��o ao PSDB
O deputado federal foi expulso do PSL na �ltima ter�a-feira e, tr�s dias depois, se filiou ao PSDB, com apoio do governador de S�o Paulo, Jo�o Doria. Em rela��o � sa�da do partido, disse que � necess�rio respeitas as legendas, "mas n�o se tornar um fantoche do partido".
Sobre o novo partido, disse que n�o retira nenhuma das cr�ticas que fez no passado, mas que agora � outro momento. "Estou come�ando agora dentro desse partido, um partido renovado, a convite do Jo�o Doria e do Bruno Ara�jo (presidente do PSDB). Acho que vou ter mais independ�ncia, mais liberdade", disse.
Equil�brio
O deputado defendeu a abertura de di�logo e o equil�brio na rela��o com a oposi��o. "Se eu colocar fogo de um lado e o Paulo Pimenta (l�der do PT na C�mara dos Deputados) colocar fogo do outro lado, as coisas n�o andam. Quando tiver que bater eu vou bater, mas quando tiver que trabalhar em cima de um equil�brio, eu vou fazer isso".