
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou na tarde desta ter�a-feira, 20, que sua indica��o � embaixada do Brasil em Washington est� mantida. As declara��es foram dadas ap�s o presidente Jair Bolsonaro admitir a possibilidade de desistir da indica��o do filho caso sinta que o Senado possa rejeitar o pedido.
"Est�o dando o enfoque, tentando dar contorno de que o presidente poderia estar voltando atr�s. N�o tive nenhuma conversa dessa com ele. (Minha indica��o) Est� mantida. Estamos seguindo adiante", afirmou o parlamentar no Plen�rio da C�mara.
Pela manh�, o presidente sinalizou que poderia desistir da indica��o caso o governo n�o tenha votos suficientes para garantir a aprova��o do nome do filho. Na segunda-feira, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que 29 senadores resistem � indica��o de Eduardo Bolsonaro.
"Eu n�o quero submeter o meu filho a um fracasso. Eu acho que ele tem compet�ncia. Mas tudo pode acontecer", disse o presidente ao ser questionado sobre as dificuldades que a indica��o enfrenta no Senado.
De acordo com levantamento do Estado, dos 81 senadores, 29 responderam que pretendem votar contra o nome do "filho 03" do presidente, ante 15 que disseram ser a favor. Outros n�o quiseram responder (29) ou se colocaram como indecisos (7).
Indagado sobre levantamentos informais que mostram que Eduardo estaria a sete votos para a aprova��o no plen�rio do Senado, Bolsonaro respondeu que o n�mero representa "voto para caramba". A indica��o do parlamentar criou uma "guerra de pareceres" no Senado. Ap�s a divulga��o de um documento elaborado pela consultoria legislativa da Casa que aponta nepotismo na poss�vel nomea��o, outro parecer, tamb�m de consultores, afirma o contr�rio.
Sobre o parecer contr�rio, Bolsonaro disse que as consultorias agem de acordo com o interesse do parlamentar. "Tem um vi�s pol�tico dessa quest�o. O que vale para mim � a s�mula do Supremo (Tribunal Federal) que diz que n�o � nepotismo", afirmou o presidente. Ele ponderou que, "se o Senado quiser rejeitar o nome de Eduardo, � direito dele".